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Editorial

Como o Nordeste fortaleceu o desenvolvimento com a acesso à água

A imagem do Nordeste brasileiro castigado pela seca, infelizmente, ainda é uma realidade para muitos. Mas uma revolução silenciosa, feita de concreto e aço, está mudando essa narrativa histórica. O acesso à água, direito fundamental ...
Redação, da Agência NE9
6 de setembro de 2025 - às 09:17
Atualizado 6 de setembro de 2025 - às 09:17
4 min de leitura
O sonho de chuvas regulares e água em abundância está previsto para janeiro.

A imagem do Nordeste brasileiro castigado pela seca, infelizmente, ainda é uma realidade para muitos. Mas uma revolução silenciosa, feita de concreto e aço, está mudando essa narrativa histórica. O acesso à água, direito fundamental tão crucial, está redesenhando o futuro do semiárido, e o grande protagonista dessa transformação são as adutoras.

Mas, afinal, o que são adutoras? São extensas redes de tubulações que funcionam como artérias, transportando água de grandes reservatórios, rios ou estações de tratamento diretamente para cidades e comunidades. Elas são a solução de engenharia que garante um abastecimento contínuo, seguro e de qualidade, rompendo o ciclo de dependência de carros-pipa e de fontes inseguras.

O Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), tem investido pesadamente nessa infraestrutura. O objetivo vai além de matar a sede; é sobre gerar dignidade, saúde, oportunidades econômicas e desenvolvimento regional sustentável.

Água: muito mais do que matar a sede

A água que chega através das adutoras tem um impacto multiplicador. Ela não só garante o consumo humano, mas também fortalece a agricultura familiar, mantém escolas e hospitais funcionando, atrai investimentos e movimenta a economia local. É o fim do “êxodo rural” forçado pela seca e o início de uma nova era de prosperidade no sertão.

Como destacou Giuseppe Vieira, secretário Nacional de Segurança Hídrica (SNSH) do MIDR: “As adutoras representam um marco na política de segurança hídrica do país. Estamos garantindo que a água chegue de forma regular e segura às famílias do semiárido… Cada obra concluída é um passo concreto para reduzir os impactos da seca e promover desenvolvimento regional sustentável no Nordeste”.

O mapa da transformação

O Nordeste está entrecortado por obras estratégicas que já estão mudando a vida de milhões. Confira abaixo alguns dos projetos mais emblemáticos:

Nome da ObraEstado(s)População Beneficiada (Estimativa)Extensão / InvestimentoStatus / Previsão de Conclusão
Adutora da Fé (Etapa 1)Bahia47 mil pessoasConcluída (2025)
Adutora da Fé (Etapa 2)Bahia140 mil (até 2040)Em andamento
Ampliação do Eixão das ÁguasCeará4,6 milhões de pessoas38,5 km / R$ 1,25 bilhãoPrevisão: 2028
Sistema Adutor BanabuiúCeará280 mil+ (fase atual)Parte do Projeto Malha D’ÁguaParcialmente entregue
Projeto Malha D’Água (total)Ceará5,6 milhões (até 2041)33 sistemas interligadosEm implantação
Adutora do PajeúPE e PB240 mil pessoas193 km / 80% concluídaPrevisão: Dez/2025
Adutora do AgrestePernambuco669 mil habitantesR$ 1,71 bilhãoEm fase avançada
Adutora de JaicósPiauí22 mil pessoas54,5 kmPrevisão: 2027
Fonte: Dados compilados a partir de informações do MIDR (2025).
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Um futuro com Segurança Hídrica

Os números impressionam, mas a verdadeira história está sendo escrita nas casas de famílias que têm água limpa saindo da torneira, nas pequenas propriedades que conseguem irrigar suas plantações e nos hospitais que podem funcionar com plena capacidade.

O caminho é longo, mas o Brasil está, finalmente, canalizando seus esforços para garantir que o desenvolvimento chegue a todos os cantos do país. Com planejamento e investimentos contínuos, como os viabilizados pelo Novo PAC, as adutoras são mais do que tubos; são símbolos de esperança e instrumentos concretos de uma transformação social e econômica histórica para o Nordeste.

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