A decisão do governador Flávio Dino em elevar o piso salarial para professores com jornada de 40 horas de trabalho para R$ 6.358,96 vai fazer da remuneração dos educadores da rede pública maranhense a maior do país. Encaminhada para aprovação na Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA), a proposta deve gerar impacto direto na economia maranhense.
A perspectiva é que o reajuste gere maior capacidade de consumo e seja um elemento a mais para que o Maranhão mantenha, em 2020, os indicadores econômicos positivos que obteve no ano passado. Essa é a avaliação do próprio governador.
“A decisão de fixar o piso professores 40h em R$ 6.358 tem um efeito positivo no conjunto da nossa economia. Ajudamos o setor de comércio e serviços a gerar empregos. Maranhão teve saldo positivo de empregos por três anos consecutivos. Estamos trabalhando para 2020 ser melhor”, disse Flávio Dino na manhã desta terça-feira (4), em nova postagem nas redes sociais sobre o tema.
O governador faz referência aos 10.707 mil empregos com carteira assinada gerados só no ano passado, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério da Economia.
O bom resultado de 2019 colocou o Maranhão em segundo lugar na criação de novas vagas de trabalho formal do Nordeste, neste que foi o terceiro ano consecutivo de crescimento na geração de emprego no estado.
Desde 2017, o Maranhão vem crescendo na geração de empregos, quando eram 1.221 os postos de trabalho. No ano seguinte, 2018, foram criadas 9.649 vagas e em 2019 o saldo positivo subiu para quase 11 mil vagas.
O crescimento na geração de empregos teve destaque no setor de serviços, construção civil e no comércio.
A criação de novos empregos tem sido acompanhada do crescimento econômico do Maranhão. O PIB do Estado teve em 2017 crescimento quatro vezes maior que a média nacional, de acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE).
“Maiores salários do país”
A estimativa é que o reajuste salarial aos educadores ajude a movimentar ainda mais a economia nos próximos anos, já que a proposta de elevação na remuneração atinge a todos os educadores do estado, incluindo os professores contratados.
“Isso é uma política de justiça. Todos, sem exceção, estarão no rol dos maiores salários do país”, disse Flávio Dino nesta segunda-feira (3), durante a apresentação do Projeto de Lei na primeira sessão do ano na ALEMA.
O reajuste não vai contemplar apenas os profissionais que atual em regime de dedicação de 40 horas. O projeto prevê que o vencimento-base mínimo dos professores com regime de trabalho de 20 horas semanais será de R$ 3.179,48.
A aplicação dos reajustes às referências na carreira, a partir do novo piso, chegará a R$ 4.046,02 para os docentes que cumprem regime de trabalho de 20 horas semanais e de R$ 8.092,06 para os que cumprem a jornada de 40 horas semanais. Além disso, os professores contratados também passarão a receber o valor do novo piso nacional proporcional à jornada de 20 horas.