O Nordeste brasileiro viveu um dos dias mais quentes do ano nesta segunda-feira (25), com quatro estados registrando temperaturas acima dos 40ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. Maranhão, Piauí, Ceará e Bahia sofreram com o forte calor, que também afetou outras regiões do país.
A cidade de Oeiras, no Piauí, teve a maior temperatura do Nordeste, com 42,4ºC. Em seguida, vieram Balsas, no Maranhão, com 41,9ºC; Bom Jesus da Lapa, na Bahia, com 41,4ºC; e Jaguaribe, no Ceará, com 40,1ºC. Essas foram as marcas mais altas registradas pelo Inmet nas capitais e nos municípios do interior dos estados nordestinos.
O calor não foi exclusividade do Nordeste. Outras oito unidades da federação também tiveram temperaturas superiores a 40ºC, abrangendo quatro das cinco regiões do país. No Sudeste, os termômetros chegaram a marcar 43ºC em São Paulo e 42ºC em Minas Gerais. No Centro-Oeste, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás também registraram máximas acima dos 40ºC. No Norte, Tocantins e Pará completaram a lista dos estados mais quentes do Brasil.
O que explica esse fenômeno?
A onda de calor que atinge o país é causada por uma bolha de ar quente e seco que se formou entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil e que agora se expande para o Sudeste e parte do Nordeste. Esse fenômeno é chamado de domo ou cúpula de calor (em inglês, heat dome) e impede a entrada de massas de ar frio e úmido que poderiam trazer alívio para as regiões afetadas.
A bolha de calor está associada a um centro de baixa pressão que vai avançar do Norte da Argentina e do Paraguai para o Sul do Brasil nos próximos dias, provocando a formação de um ciclone extratropical e uma frente fria na quarta-feira (27). Com isso, o calor vai aumentar ainda mais no Sudeste e no interior do Nordeste antes da chegada da chuva.
Quais são as consequências para a saúde e o meio ambiente?
O excesso de calor pode trazer diversos problemas para a saúde humana, como desidratação, insolação, queimaduras na pele, fadiga, tontura, dor de cabeça, náusea e até mesmo morte por hipertermia. Por isso, é importante se proteger do sol, usar protetor solar, beber bastante água e evitar atividades físicas intensas nos horários mais quentes do dia.
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Além disso, o calor extremo também pode afetar o meio ambiente, aumentando o risco de incêndios florestais, reduzindo a disponibilidade de água nos reservatórios e prejudicando a agricultura e a pecuária. Algumas espécies de animais e plantas também podem sofrer com as mudanças climáticas e ter sua sobrevivência ameaçada.
Como ficará o tempo nos próximos dias?
- Onda de calor persiste até quarta-feira (27) em grande parte do Brasil, com máximas acima de 40ºC em vários estados
- Frente fria se forma no Sul na quinta-feira (28) e avança pelo Sudeste e Centro-Oeste, trazendo chuva e alívio térmico nessas regiões
- Nordeste recebe chuva apenas na sexta-feira (29), mas de forma isolada e fraca, sem mudar muito o cenário de calor
- Temperaturas voltam a subir no fim de semana em todo o país, com possibilidade de novos recordes