A Usina Térmica Suape II, localizada no Porto de Suape (PE), será a primeira do mundo a gerar energia usando etanol. O projeto inovador busca reduzir o impacto ambiental da geração térmica, substituindo o óleo combustível por um biocombustível renovável e de menor emissão de carbono.
Como Funcionará a Térmica Suape II
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A mudança para o etanol será feita em apenas uma unidade da usina.
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Antes de mais nada, o motor movido a etanol será produzido pela empresa finlandesa Wärtsilä.
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A princípio, o equipamento chegará à usina no terceiro trimestre de 2025.
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Os testes começam em abril de 2025, com duração prevista de 4 mil horas (cerca de 5 meses e meio de operação contínua).
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Dessa forma, durante esse período, será avaliado o desempenho do motor em escala real.
Objetivo e Impacto Ambiental
A princípio, o projeto tem como foco a busca por alternativas mais limpas e sustentáveis para a geração de energia. De acordo com Jorge Alcaide, presidente da Wärtsilä Brasil:
“A substituição do óleo combustível pelo etanol pode ajudar na descarbonização da matriz elétrica, aproveitando um combustível renovável e produzido no Brasil.”
Principais benefícios esperados:
– Redução da emissão de gases poluentes.
– Aproveitamento de um biocombustível produzido localmente.
– Alternativa sustentável para energia firme (capaz de operar continuamente).
Atualmente, a capacidade total da térmica Suape II é de 381 megawatts (MW), e os testes vão verificar se o etanol mantém essa eficiência sem comprometer a geração de energia.
Investimento e parcerias
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O projeto faz parte do programa global de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da Wärtsilä, que recebeu € 296 milhões em 2024.
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Conta com apoio da Business Finland, por meio do programa WISE (Wide and Intelligent Sustainable Energy).
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Principais acionistas da térmica Suape II:
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Suape Energia (Grupo 4M) – 80% de participação.
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Petrobras – 20% de participação.
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A Wärtsilä não tem participação acionária, atuando apenas como fornecedora da tecnologia.
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Importância do Etanol para o Futuro
Ao mesmo tempo, o projeto pode ajudar a definir o etanol como uma alternativa viável para usinas térmicas, reduzindo a dependência do Brasil de combustíveis fósseis como gás natural, diesel e óleo combustível.
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O Ministério de Minas e Energia (MME) acompanhará os testes para avaliar a possibilidade de incluir o etanol como fonte de energia nas térmicas do país.
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Se bem-sucedido, o estudo pode incentivar novas políticas públicas e mudanças regulatórias.
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O etanol pode ser um passo importante para a segurança energética do Brasil, criando novas oportunidades no setor de biocombustíveis e geração de empregos.
Segundo Jorge Alcaide:
“O etanol pode fortalecer a matriz energética do Brasil e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Se aprovado, ele pode ser incluído nos futuros leilões de capacidade, contribuindo para a descarbonização.”
Assim, a iniciativa da térmica Suape II representa um avanço importante na busca por fontes de energia mais limpas e renováveis. Se o etanol demonstrar viabilidade operacional e econômica, o Brasil poderá expandir seu uso em outras usinas, tornando-se referência mundial na adoção desse biocombustível na geração elétrica.
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