Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), a expectativa é que o crescimento do e-commerce continue nos próximos quatro anos.
Em 2024, prevê-se que o faturamento das vendas online alcance R$ 205,11 bilhões
Esse volume de vendas, vem representando um aumento de 10,45% em relação à previsão para 2023. O ticket médio por comprador deverá ser em torno de R$ 490,00, enquanto o número de pedidos pode chegar a 418,6 milhões, impulsionado pelo aumento no número de clientes realizando compras digitais, estimado em 91 milhões de consumidores.
Rejane Pinheiro, consultora de e-commerce da Maya Comércio e porta-voz da Le Casa Home & Decor, destacou que a pandemia forçou as pessoas a confiarem mais nas compras online, mesmo as que eram resistentes. Isso aumentou a aceitação e familiaridade dos brasileiros com o e-commerce, resultando em uma alta demanda por serviços como delivery de comida, transporte por aplicativo e marketplaces de utilidades domésticas.
Na hora de comprar, 63% dos brasileiros preferem lojas virtuais, 60% optam por marketplaces e 49% preferem aplicativos das próprias marcas. Rejane Pinheiro conclui que, embora todos busquem rentabilidade no e-commerce, os pequenos e médios empreendedores enfrentam desafios maiores, tornando essencial um planejamento cuidadoso para garantir o sucesso.
Cenário do Nordeste tem crescimento no ticket médio
O Nordeste brasileiro se estabeleceu como a segunda maior região em vendas online no primeiro trimestre de 2024, superando até mesmo a região Sul. De acordo com a pesquisa, o ticket médio na região nordestina foi de R$ 338,60 durante esse período, representando 16,4% do faturamento total do e-commerce.
Em contrapartida, a região Sul registrou um ticket médio de R$ 306,20 e uma participação de mercado de 15,9%. O Sudeste, embora lidere em participação de mercado com 58%, fica atrás do Nordeste no valor do ticket médio, que é de R$ 213,70.
É importante notar que a região Norte, apesar de possuir a menor participação de mercado (2,5%), tem a mais alta média de gasto por compra, atingindo R$ 368,70.
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Crescimento dos Centros de Distribuição pelo Nordeste
Uma das vantagens que atraem consumidores, o frete grátis, tornou-se viável graças à instalação de grandes centros de distribuição no Norte e Nordeste.
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Amazon e Americanas
A Amazon, por exemplo, possui três armazéns em cidades nordestinas, sendo dois deles inaugurados a partir de 2021. A decisão de expandir-se para essa região provavelmente foi impulsionada pelos dados que evidenciam sua relevância. Como uma grande empresa de e-commerce, a Amazon precisa manter sua posição e competir com outras gigantes do setor, como o Mercado Livre.
“O Nordeste é de extrema importância para a Amazon, tanto que estamos inaugurando nossa segunda operação em Pernambuco. Nosso objetivo é aumentar a capacidade logística da empresa no país, oferecendo uma maior variedade de produtos e aproximando-os dos consumidores, melhorando a experiência de compra e reduzindo o tempo de entrega em nível nacional, além de gerar emprego e renda para as comunidades onde atuamos”, afirmou Ricardo Pagani, diretor de operações da Amazon.
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O Mercado Livre, por sua vez, também está expandindo seu serviço de fulfillment e planejando levar o Mercado Envios Flex, que entrega pedidos em até 24 horas e atualmente opera em poucas regiões metropolitanas, para o Norte e Nordeste nos próximos anos.
Ao mesmo tempo, a Americanas também inaugurou dois centros de distribuição em 2022 – um na Bahia e outro no Pará. Já o Magalu continua investindo na expansão de sua presença territorial.