A fábrica será construída do zero em uma área de 330 mil metros quadrados
Num evento realizado nesta tarde de terça-feira (5), no distrito industrial de Camaçari, Bahia, teve início o processo de construção do complexo fabril da BYD, gigante chinesa que produzirá veículos elétricos na Bahia. A fábrica será erguida a partir do zero, ocupando uma área de 330 mil metros quadrados sem construções. Na segunda fase do projeto, o antigo complexo da Ford passará por reformas para abrigar a cadeia de fornecedores.
Esse marco representa o avanço na instalação do maior polo industrial da BYD fora da China, com um investimento de R$ 3 bilhões. A montadora planeja começar a produzir veículos elétricos e híbridos, chassis de ônibus e caminhões elétricos a partir de 2025, gerando cerca de 10 mil empregos diretos no estado. Nos próximos cinco anos, a empresa também pretende iniciar o processamento de lítio e ferro fosfato para uso em baterias veiculares.
O governador Jerônimo Rodrigues e os secretários estaduais da Fazenda (Sefaz) e de Desenvolvimento Econômico (SDE), Manoel Vitório e Ângelo Almeida, estiveram presentes na cerimônia e formalizaram o contrato de compra e venda do imóvel pertencente ao Estado, que cederá a área para a fabricante. O presidente da BYD Brasil, Tyler Li, e Alexandre Baldy, conselheiro especial da companhia, também marcaram presença.
Além dos empregos gerados, outro impacto significativo será a redução da pegada de carbono no setor automotivo. O governador Jerônimo Rodrigues ressaltou a importância desse momento para a população de Camaçari e destacou os esforços para transformar os polos industriais do Brasil, antes altamente carbonizados.
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Rodrigues também mencionou os investimentos prévios em infraestrutura, segurança pública, educação e saúde, que visam preparar a cidade para o novo perfil de público que será atraído pelo empreendimento da BYD. Alexandre Baldy expressou a intenção da empresa de criar uma rede de fornecedores locais e nacionais, fortalecendo a economia regional.
A BYD tem como meta aumentar a nacionalização de componentes locais e discutir com os governos federal e estadual para promover essa integração. Em outubro de 2023, a empresa recebeu autorização para realizar estudos ambientais e de viabilidade na área, e desde então deu início ao projeto de construção do complexo fabril.
REDAÇÃO com Assessoria