Fortaleza se transforma em palco da 9ª edição do Festival de Cinema do BRICS, que teve início nesta quinta-feira e segue até domingo (7). Durante esses dias, o evento reúne produções audiovisuais, painéis de debate e encontros institucionais com representantes culturais dos países-membros do bloco, fortalecendo a cooperação e o intercâmbio artístico entre as nações do Sul global.
O que é o Festival de Cinema do BRICS?
O Festival de Cinema do BRICS celebra a aliança internacional entre economias emergentes — formada originalmente por Brasil, Rússia, Índia e China, e posteriormente expandida para incluir países como África do Sul, além de outros novos membros em processo de aproximação. A iniciativa busca promover o diálogo cultural e dar visibilidade à produção audiovisual de países fora do eixo tradicional do cinema mundial.
Para 2025, o Brasil assume a presidência rotativa do BRICS — e esta edição do festival faz parte das entregas dessa liderança, reafirmando o compromisso do país com a cooperação cultural internacional.
Programação e atrações: diversidade de gêneros e vozes globais
Durante o festival, serão exibidos 16 filmes que englobam longas e curtas-metragem — com obras de ficção, documentário e animação vindas de países diversos como Brasil, China, Índia, África do Sul, Rússia, Indonésia e Emirados Árabes Unidos.
A abertura oficial do evento aconteceu no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, às 19h, com a exibição do longa-metragem cearense Morte e Vida Madalena, dirigido por Guto Parente. A trama conta a história de uma produtora de cinema — interpretada pela atriz Noá Bonoba — que atravessa intensas provações: a perda do pai, a gravidez no oitavo mês e os obstáculos durante a gravação de uma ficção científica. Uma narrativa que mistura dor, expectativa e luta pela arte.
Entre outras sessões de destaque estão as pré-estreias de filmes como Guarde o Coração na Palma da Mão, documentário dirigido por Sepideh Farsi, que relata o cotidiano de uma mulher palestina em Gaza sob bombardeios — trazendo uma perspectiva internacional sobre conflitos, resistência e memória.
Além das exibições, o festival promove painéis e debates voltados à cooperação cultural, políticas públicas para o audiovisual e estratégias de intercâmbio entre países do bloco. A ideia é fomentar articulações entre produtores, realizadores, governo e instituições culturais, abrindo espaço para novos projetos colaborativos.
Ingressos gratuitos e como participar
A participação é gratuita. Para assistir aos filmes, basta retirar os ingressos na bilheteria física do Cinema do Dragão, uma hora antes de cada sessão. A iniciativa, ao manter o acesso livre, reforça o caráter democrático e inclusivo do evento — contribuindo para a divulgação da diversidade cultural e a inclusão social por meio do cinema.
Relevância cultural e estratégica: o papel do festival para o Brasil e o Nordeste
Realizado pelo Ministério da Cultura (MinC) por meio da Secretaria do Audiovisual (SAv), o festival não é apenas um evento artístico — ele representa um movimento estratégico de diplomacia cultural e cooperação internacional.
Para o Nordeste, sediar a edição 2025 do Festival de Cinema do BRICS significa:
- Trazer destaque nacional e internacional para a produção audiovisual regional;
- Incentivar a economia criativa local, com impacto no turismo, serviços e cultura;
- Ampliar o acesso da população a cinema de qualidade e diversidade cultural;
- Fortalecer redes de colaboração entre profissionais locais e internacionais do audiovisual.
Para o Brasil como um todo, este momento reforça a inserção do país no circuito global de cultura e arte, promovendo o intercâmbio de ideias, olhares e narrativas fora dos centros tradicionais de produção cinematográfica.
Em resumo — por que acompanhar o Festival de Cinema do BRICS
O Festival de Cinema do BRICS 2025 em Fortaleza combina diversidade artística, acesso democrático e cooperação internacional. Com filmes de diferentes continentes, estreia de obras inéditas e debates relevantes, o evento oferece ao público cearense e brasileiro uma oportunidade rara de vivenciar o cinema global — sem sair de perto de casa.
Se você gosta de cinema, cultura ou apenas deseja mergulhar em novas histórias, vale muito a pena conferir a programação gratuita e prestigiar a produção audiovisual que representa o mundo emergente.
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