A balança comercial do Brasil registrou um superávit de US$ 7,6 bilhões em julho, conforme anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta quinta-feira (6) em Brasília. Esse resultado, porém, representa uma redução de 6,6% em relação ao superávit de US$ 8,2 bilhões registrado no mesmo mês de 2023.
As exportações brasileiras alcançaram um recorde para o mês de julho, somando US$ 30,9 bilhões. Esse desempenho foi impulsionado principalmente por produtos da agricultura, como soja e café, pela indústria extrativa, com destaque para o minério de ferro, e pela indústria de transformação, especialmente açúcares, carne bovina e aço. As importações também registraram aumento em relação a julho de 2023, com destaque para a aquisição de bens de capital, elevando a corrente de comércio para aproximadamente US$ 54,2 bilhões.
Segundo dados do MDIC, no acumulado de 2024 até julho, o Brasil alcançou US$ 198,2 bilhões em exportações, o que representa um crescimento de 2,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já as importações somaram US$ 148,6 bilhões, refletindo um aumento de 5,6%.
Crescimento nas Exportações
Em relação aos principais destinos das exportações brasileiras em julho, a União Europeia, China e Estados Unidos se destacaram. Respectivamente os crescimentos foram de 20%, 16,3% e 15,3%, respectivamente. Em contrapartida, as vendas para a Argentina continuaram em queda, refletindo a crise econômica enfrentada pelo país vizinho.
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Herlon Brandão, diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, destacou que as exportações brasileiras em 2024 têm mostrado estabilidade, contrastando com as oscilações observadas no primeiro semestre de 2023.
“Este ano, o crescimento das exportações tem sido impulsionado principalmente pelo aumento no volume exportado, apesar da queda geral nos preços. Nossa previsão é que, até o final de 2024, as exportações brasileiras registrem um crescimento de 1,7%”, afirmou Brandão.
REDAÇÃO com Agência Brasil