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Bahia inaugura maior aerogerador terrestre das Américas

O equipamento tem capacidade de 7 megawatts (MW) e pode gerar cerca de 2.500 MWh por mês – energia suficiente para atender aproximadamente 15 mil residências por ano.
Eliseu Lins, da Agência NE9
21 de setembro de 2025 - às 07:09
Atualizado 21 de setembro de 2025 - às 07:09
3 min de leitura

O Complexo Eólico de Brotas de Macaúbas, na Bahia, acaba de registrar um marco para o setor energético brasileiro: a entrada em operação do maior aerogerador terrestre (onshore) das Américas. Desenvolvido pela WEG, em parceria com a Petrobras e a Statkraft, a princípio, equipamento tem capacidade de 7 megawatts (MW) e pode gerar cerca de 2.500 MWh por mês – energia suficiente para atender aproximadamente 15 mil residências por ano.

A aquisição foi feita pela Statkraft para o repowering do Parque Eólico de Seabra, localizado dentro do complexo baiano, que possui capacidade instalada de 100,52 MW. Assim, o investimento no projeto foi de R$ 130 milhões, com recursos da Petrobras, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e apoio do Ministério do Meio Ambiente.

Complexo Eólico de Brotas de Macaúba BA foto reprodução

O que são aerogeradores?

Os aerogeradores, também chamados de turbinas eólicas, são equipamentos responsáveis por transformar a energia cinética dos ventos em eletricidade. O processo acontece quando as hélices (ou pás) giram com a força do vento, acionando um gerador interno que converte o movimento em energia elétrica.
Essa energia é, então, transmitida para a rede de distribuição, podendo abastecer residências, indústrias e comércios.

No caso de aerogeradores de grande porte, como o inaugurado na Bahia, a vantagem está na maior eficiência: quanto maior a potência, maior a quantidade de energia produzida em uma única estrutura, reduzindo a necessidade de instalar diversos equipamentos no mesmo terreno.

Benefícios do novo aerogerador

  • Maior eficiência energética: a turbina de 7 MW produz mais eletricidade por área ocupada.
  • Redução de custos: menos equipamentos necessários para gerar a mesma quantidade de energia, o que otimiza o uso do solo e diminui custos de manutenção.
  • Avanço tecnológico: o projeto amplia o conhecimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I), subsidiando futuros projetos renováveis da Petrobras e parceiros.
  • Sustentabilidade: fortalece a matriz limpa brasileira, com impacto positivo na transição energética.

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Energia e futuro sustentável

Segundo a Petrobras, os aprendizados obtidos com o desenvolvimento do aerogerador reforçam a atuação da estatal em energias renováveis. Dessa maneira, para Angélica Laureano, diretora de Transição Energética e Sustentabilidade, o marco amplia as competências práticas e teóricas que servirão de base para novos investimentos.

Portanto, com a inauguração desse equipamento, a Bahia consolida sua posição de destaque no setor eólico brasileiro, ao mesmo tempo em que o país dá um passo importante rumo à diversificação da matriz energética e à redução da dependência de fontes fósseis.

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Eliseu Lins

Eliseu Lins é baiano de nascimento e paraibano de coração. Jornalista formado na UFPB, tem mais de 20 anos de atuação na imprensa do Nordeste. É pós-graduado em jornalismo cultural e ocupa o cargo de editor-chefe do NE9 desde 2022.