As vendas do varejo brasileiro para o Natal devem atingir R$ 72,71 bilhões em 2025, segundo projeção divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O resultado representa alta real de 2,1% em relação ao ano passado, já descontada a inflação — e coloca o período como o melhor Natal desde 2014.
A princípio, o setor supermercadista deverá liderar o movimento, com R$ 31,51 bilhões em vendas, o equivalente a 43,3% do faturamento total previsto para a data. Em seguida, aparecem as lojas de vestuário e calçados, com expectativa de R$ 22,82 bilhões (31,4%).
“Mesmo em um ano desafiador para o comércio, o Natal renova a esperança dos empresários. O bom desempenho pode compensar parte das dificuldades enfrentadas ao longo de 2025”, destacou o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
Nordeste em destaque
A região Nordeste deve ter papel importante no desempenho nacional, impulsionada pela combinação de:
📌 Crescimento do turismo regional no verão
📌 Eventos de fim de ano em capitais e destinos litorâneos
📌 Expansão do varejo popular e de grandes redes
Estados como Bahia, Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte devem concentrar maior fluxo de consumidores em shoppings e centros comerciais, motivados pela recuperação do mercado de trabalho e programas municipais de transferência de renda.
Além disso, feiras de artesanato e comércio informal tendem a registrar forte crescimento com a chegada de turistas a destinos como Salvador, Recife, João Pessoa e Natal.
Contratação de temporários cresce

A CNC estima a abertura de 112,6 mil vagas temporárias — alta de 5% frente ao ano anterior. Assim, Hiper e supermercados devem responder por quase metade das contratações (49,4%), seguidos por:
- Vestuário e calçados — 22,6%
- Utilidades domésticas e eletroeletrônicos — 16,8%
A remuneração média dos temporários deve chegar a R$ 1.983,54, valor 7,4% maior que o de 2024.
O economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, avalia que o movimento pode beneficiar o início de 2026:
“A continuidade do baixo desemprego cria condições para mais consumo e melhora do ambiente econômico no próximo ano.”
O que deve pesar no bolso do consumidor
A cesta de produtos natalinos subiu 2,5% em média. Entre os presentes mais caros estão:
- Joias e bijuterias: +20,5%
- Produtos de maquiagem: +8,4%
- Livros: +7,2%
Itens mais acessíveis este ano:
- Aparelhos telefônicos: -7,2%
- TVs, som e informática: -4,5%
- Vinhos: -1,2%
Perspectiva positiva para o fim do ano
Com estímulos ao consumo, turismo aquecido e contratação temporária em alta, o comércio espera um fim de ano movimentado especialmente no Nordeste, onde o verão e o Natal são importantes alavancas econômicas.
Portanto, o varejo nacional encerra 2025 com a expectativa de recuperar fôlego e iniciar 2026 em um cenário mais favorável para consumidores e empresários.
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