A busca pela casa própria continua sendo um dos principais objetivos dos investidores brasileiros. Uma pesquisa recente realizada pelo Datafolha em parceria com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) revela que, pelo terceiro ano consecutivo, o desejo de adquirir um imóvel aumentou entre aqueles que aplicam seus recursos.
Em 2023, 33% dos entrevistados demonstraram intenção de utilizar seus investimentos para a compra da casa própria
Este número representa um crescimento em relação aos 30% de 2022 e 29% de 2021. Desde a primeira edição do estudo em 2017, este objetivo permanece na liderança. Desse modo, refletindo uma constante preferência do investidor brasileiro por imobilizados.
Impacto da Pandemia e Taxas de Juros
A pandemia de Covid-19 foi um período crucial que influenciou esse comportamento. Durante a crise, as taxas de juros caíram para o nível histórico de 2% ao ano, tornando o financiamento imobiliário mais acessível. Embora a taxa Selic tenha retornado aos dois dígitos nos anos subsequentes, a expectativa de novas quedas coloca a compra de imóveis novamente no radar dos investidores.
Segurança em Tempos de Instabilidade
Além das condições de crédito favoráveis, o cenário econômico instável também reforça a preferência por imóveis. “O imóvel, por ser um ativo tangível. Dessa forma, proporciona uma sensação de segurança maior em comparação a investimentos financeiros. E isso é o que tem motivado essa transição,” explica Guimarães.
Perfil dos Investidores
A pesquisa da Anbima destaca que o interesse em usar os recursos dos investimentos para comprar imóveis é mais pronunciado entre as classes D e E (36%), seguidas pela classe C (35%). Em contraste, as classes A e B demonstram maior interesse em destinar seus investimentos para viagens, passeios e aposentadoria, com cada um desses objetivos mencionados por 14% dos entrevistados.
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Quando analisadas as gerações, os millennials (28 a 42 anos) e a geração Z (16 a 27 anos) são os mais inclinados a adquirir um imóvel com seus investimentos (37%). A geração X (43 a 62 anos) também vê na compra de imóveis seu principal objetivo de investimento (32%). Já os boomers (63 a 80 anos) preferem manter os recursos investidos (28%) ao invés de investir na casa própria.
Em resumo, a preferência pela casa própria entre os investidores brasileiros segue firme. E, impulsionada, por condições econômicas favoráveis e um desejo de segurança em tempos incertos. Com a expectativa de queda nas taxas de juros, esse sonho promete continuar a crescer, refletindo uma busca contínua por estabilidade e patrimônio tangível.