Após dois anos em formato virtual, evento gratuito retorna presencialmente com 100 horas de conteúdo e atividades simultâneas
Mais de 30 mil pessoas devem visitar a sexta edição da Feira do Conhecimento: Ciência, Tecnologia, Inovação e Negócios, que começou na tarde desta quinta-feira (3), e seguirá com programação gratuita nestas sexta e sábado (4 e 5), das 14h às 21 horas, no Centro de Eventos do Ceará (Pavilhão Oeste), em Fortaleza. A FdC 2022 é promovida pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece) e Instituto Centec.
Após duas edições realizadas de forma virtual (2020 e 2021), em cumprimento às medidas sanitárias de combate à covid-19, a Feira retorna com mais de 150 estandes, distribuídos em uma área de 7,5 mil m² de exposição, e mais de 100 horas de conteúdo. A programação reúne palestras, oficinas e atividades relacionadas ao mundo de startups, games, metaverso, inteligência artificial maker, robótica, drones, tecnologias sociais, ciência, astronomia, educação e muito mais.
Na abertura do evento, o titular da Secitece, Carlos Décimo, apontou que a FdC está consolidada como ambiente que une experiência e capacitação em prol do conhecimento para todas as gerações. “É uma Feira das artes e dos saberes, mas também é da cidadania, que reafirma a ciência e os valores democráticos. É uma jornada da ciência, tecnologia e inovação, para o fortalecimento do nosso ecossistema”, defendeu.
Representando a governadora Izolda Cela na abertura, o secretário de Relações Institucionais do Governo do Ceará, Nelson Martins, também reforçou a importância do evento para o desenvolvimento científico, social e econômico do estado. “Na prática, a Feira do Conhecimento representa uma meta para chegarmos ao desenvolvimento. Sem parceria não se vai a lugar nenhum. Aqui, nós temos as universidades, as academias, as empresas e a comunidade”, ressaltou Nelson Martins, que recebeu a comenda Ariosto Holanda, concedida pelo Iracema Digital à governadora Izolda Cela.
Conectando saberes e gerações
A FdC 22 mostra ao mundo o jeito cearense de fazer ciência e inovação. Jeito que encantou a estudante Esther Fialho, de 7 anos. Ela escolheu o estande do Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS) como o preferido. “É a minha primeira vez na Feira, e estou muito feliz. Para quem gosta de ciência, a Feira é um paraíso”, disse Esther, que estava acompanhada da mãe, a educadora Alyson Raquel Fialho.
Além do MIS, a FdC conta ainda com o Museu Bojogá, Museu de Paleontologia, Museu de História Natural, Museu do Mangue e o Museu da Escrita.
Abertas para o presente e o futuro, as Arenas também são espaços que atraem os visitantes. Elas estão divididas em: Metagames (Play, Just Dance, Arcade e VR); E-Sports (LoL, FreeFire, Xadrez, Fifa); Drones (Manutenção, Pilotagem e Formação); Robótica (Torneio de Robótica); Popularização (projetos Ceará Faz Ciência, Ciência Itinerante e Salão do Inventor) e Conexão (Startups, Networking e Negócios).
Na Arena do Conhecimento, por exemplo, será possível até três palestras simultâneas, com grandes nomes nacionais e especialistas.Ino
A área da saúde marca presença na FdC 22, com destaque para a exposição do Elmo no estande da Escola de Saúde Pública do Ceará. O capacete de respiração assistida foi criado para tratar pessoas com quadro leve ou moderado de covid-19. É resultado de uma articulação do Estado do Ceará com institutos de ciência e tecnologia, universidades e os setores industrial e comercial.
Ao saber que o Elmo é uma inovação totalmente cearense, tendo sido utilizado por mais de 40 mil pessoas, a estudante Luana Vitória Oliveira, 17, não escondeu o orgulho. “Eu quero fazer faculdade na área da saúde. Para mim, é fundamental conhecer uma criação como o Elmo, que mostra como o cearense sabe fazer ciência. O Elmo foi fundamental na pandemia. Isso mostra que todo povo nordestino sabe e pode fazer ciência. É importante dizer isso”, registrou.
Nesta quinta-feira também foi iniciado o Hackathon promovido pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), em parceria com a Incubadora de Empresas e Centro Tecnológico e Inovação da Universidade Estadual do Ceará. Ação fortalece o ecossistema de inovação (IncubaUece). “Durante os dias da Feira, os participantes do Hackathon vão poder imergir na inovação e se capacitar junto a mentores e profissionais qualificados, para entender como criar uma startup, com apoio de instituições como Uece e Sebrae. Neste ano temos quatro problemas a solucionar que foram traçados junto ao setor produtivo”, explicou Natasha Melo, coordenadora de Promoção de Negócios para Comércio, Serviços e Inovação da Sedet.
Raí Teixeira é estudante do curso de Redes de Computadores, da Universidade Federal do Ceará (Campus Quixadá), e já passou por essa experiência para criar uma startup, a PlantEdu. Na FdC 22, ele apresenta o resultado concreto do que já foi apenas ideia. “Nossa startup foi criada por uma equipe mista, composta por dois alunos da UFC, um aluno do Instituto Federal e um professor da rede estadual de ensino. O objetivo da nossa startup é colaborar com o desenvolvimento de oportunidades educacionais e profissionais no campo”, justificou.
No encerramento do primeiro dia, o potencial criativo do cearense também é destaque com a palestra conduzida pelo ator cearense Silvero Pereira. Com sólida trajetória no teatro e na teledramaturgia brasileira, o artista fala sobre “Educação, Arte e Diversidade como mecanismo de transformação social”.