O Rio Grande do Norte avança mais uma vez na liderança nacional em energias renováveis. O governo estadual, em parceria com a Federação das Indústrias do RN (Fiern) e o SENAI-RN, está articulando a implantação da primeira planta piloto de energia eólica offshore do Nordeste. A princípio, a iniciativa é considerada um marco pioneiro no Brasil e reforça a posição estratégica do estado como referência em inovação energética.
Reunião define prioridades
A governadora Fátima Bezerra recebeu, nesta segunda-feira (8), o presidente da Fiern, Roberto Serquiz, e o coordenador de Pesquisa e Inovação do Senai-RN, Antônio Marcos Medeiros, para discutir três pautas centrais:
- A aplicação de recursos do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) em educação profissional;
- A instalação de duas torres eólicas offshore em Areia Branca, próximo ao Porto-Ilha;
- O aproveitamento de antigas plataformas oceânicas de petróleo como laboratórios de estudos da economia do mar.
Segundo a governadora, o projeto reforça o protagonismo do estado:
“Essas ações mostram que o Rio Grande do Norte trabalha tanto para o presente quanto para o futuro. Queremos garantir inovação, sustentabilidade e acesso a novos recursos federais, com benefícios diretos para a população”, afirmou Fátima Bezerra.

Primeira planta piloto offshore do Brasil
O projeto, coordenado pelo SENAI-RN com apoio da Petrobras e do Ministério da Pesca, prevê a instalação de dois aerogeradores com potência total de 24,5 megawatts (MW) até 2027. As torres ficarão a 4,5 km do Porto-Ilha de Areia Branca, em uma área rasa, com profundidade entre 7 e 8 metros, distante de recifes e zonas tradicionais de pesca.
Essa unidade de pesquisa será fundamental para orientar futuros investimentos em energia eólica no mar, prevenindo impactos ambientais e sociais antes da chegada em larga escala dessa atividade no país.
Reaproveitamento de plataformas
Outro ponto discutido foi o futuro das três plataformas oceânicas instaladas no litoral potiguar, atualmente destinadas ao apoio à exploração de petróleo. Além disso, em vez de descomissioná-las, a proposta é transformá-las em laboratórios de pesquisa sobre a economia do mar, ampliando a capacidade científica e tecnológica do estado.
A governadora deve levar a proposta à presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que visitará o Rio Grande do Norte em outubro.
Importância estratégica para o Nordeste
Assim, o Rio Grande do Norte já é líder na geração de energia eólica em terra. E desse modo agora se projeta como pioneiro também no setor offshore. Essa expansão consolida o estado e o Nordeste como protagonistas da transição energética no Brasil. Além da geração limpa, o projeto deve impulsionar a formação de mão de obra qualificada, atrair investimentos internacionais e estimular novas parcerias público-privadas.
Portanto, a implantação da primeira planta piloto de energia eólica offshore em Areia Branca representa não apenas um avanço tecnológico, mas também um passo estratégico para o futuro sustentável do Nordeste e do Brasil. Afinal, o projeto reforça o papel do Rio Grande do Norte como berço das energias renováveis no país. Dessa forma, abre caminho para novos ciclos de inovação, empregos e desenvolvimento econômico.
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