Em audiência no Senado, Thiago Barral, Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), enfatizou que a instauração de hubs de produção e consumo de hidrogênio verde representa uma mudança de paradigma no planejamento energético em relação às linhas de transmissão, consideradas essenciais para o avanço de projetos de grande envergadura no Brasil.
Durante uma audiência no Senado nesta terça-feira (27/2), Barral destacou algumas questões cruciais. Ele ressaltou a importância da infraestrutura necessária para suportar esses projetos em grande escala, citando especificamente a infraestrutura de transmissão das redes elétricas.
No começo deste mês, o MME, em colaboração com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgou o cronograma de estudos de planejamento da transmissão para o ano de 2024.
O secretário enfatizou que uma das prioridades é a realização de um “estudo prospectivo para a integração de cargas de hidrogênio na região Nordeste”, com o intuito de identificar obstáculos e propor soluções para o fornecimento elétrico das unidades de produção de hidrogênio e amônia nessa área.
Ele também mencionou que a EPE e o MME estão em contato direto com os empreendedores, buscando aprimorar a metodologia e possíveis ajustes regulatórios necessários.
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O objetivo principal desses estudos é indicar as novas instalações ou equipamentos para a expansão do sistema de transmissão de energia elétrica.
Barral enfatizou que este é um novo paradigma de planejamento, onde a produção em grande escala de energia renovável e o consumo estão concentrados na mesma região, ao invés de serem dispersos pelo país.
A região Nordeste, que já possui cinco estados aptos a receberem centros de hidrogênio verde – Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte -, destaca-se como um potencial epicentro desse novo modelo energético.