O Governo da Bahia deu mais um passo crucial para a construção da Ponte Salvador-Ilha de Itaparica, uma das obras de infraestrutura mais ambiciosas do Nordeste. Nesta semana, foi autorizada a desapropriação de uma área de 1.790,760 m² em Salvador. Assim, o local será usado para os acessos viários da ponte.
Antes de mais nada, o projeto, orçado em R$ 10,6 bilhões, promete revolucionar a mobilidade na região. Dessa forma, visa reduzir drasticamente o tempo de deslocamento entre a capital e o Recôncavo Baiano.
O avanço das obras da Ponte Salvador-Itaparica
Item | Detalhe |
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Área desapropriada | 1.790,760 m² em Salvador (excluindo bens públicos) |
Órgãos envolvidos | Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e Procuradoria-Geral do Estado (PGE) |
Investimento total | R$ 10,6 bilhões (via PPP com consórcio chinês) |
Início das obras | 2026 (previsão) |
Duração da obra | 5 anos após montagem do canteiro |
Extensão da ponte | 12,4 km (incluindo trechos estaiados e acessos) |
Conheça os quatro trechos do projeto da Ponte Salvador-Itaparica
A Ponte Salvador-Itaparica está dividida em quatro etapas principais:
1 – Acessos Viários em Salvador
- Construção de estruturas entre os bairros da Calçada e Água de Meninos.
- Viadutos e dois túneis paralelos à Via Expressa.
2 – Ponte Salvador-Itaparica (12,4 km)
- Trecho de aproximação em Itaparica (4,6 km)
- Trecho de aproximação em Salvador (6,9 km)
- Trecho estaiado (0,9 km, 85 m de altura)
3 – Acessos Viários em Itaparica
- 30 km de nova rodovia, com viadutos em três interseções.
- Conexão até a Ponte do Funil.
4 – Duplicação da BA-001
- Recuperação e ampliação da rodovia entre Cacha Prego e Ponte do Funil.
Parceria com a China: Quem está por trás da obra?
A princípio, o projeto é uma Parceria Público-Privada (PPP) com um consórcio chinês formado por duas gigantes da construção civil:
– China Civil Engineering Construction Corporation (CCECC)
– China Communications Construction Company (CCCC)
Ao mesmo tempo, a previsão é que as obras comecem em 2026, com duração de cinco anos. A montagem do canteiro deve ocorrer ainda este ano.
Impacto na mobilidade e economia

– Redução do tempo de viagem entre Salvador e Itaparica.
– Integração da Região Metropolitana com o Recôncavo Baiano.
– Geração de empregos e atração de investimentos turísticos e logísticos.
O que vem por aí?
Portanto, enquanto as desapropriações avançam, o governo trabalha nos detalhes finais do projeto. Desse modo, a expectativa é que a ponte se torne um marco da engenharia brasileira. Da mesma maneira, comparável a obras como a Ponte Rio-Niterói.