Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, destacou, em uma coletiva realizada nesta quarta-feira (19), a eficiência e transparência da política de preços da empresa, que ele chama de “nova estratégia comercial”. Segundo Prates, essa abordagem já está demonstrando sua viabilidade e não gera preocupações, pois não é intervencionista, o que comprova ser benéfica para o Brasil.
Ele ressaltou que a nova estratégia não atende a um pedido direto, mas está alinhada ao processo de construção política da campanha em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a ideia de “abrasileirar” os preços. Nesse contexto, “abrasileirar” os preços significa considerar parâmetros nacionais na formação dos preços, levando em conta as vantagens da Petrobras em produzir e entregar produtos no país.
Prates enfatizou que a Petrobras compete de forma competitiva com refinarias de todo o mundo e possui o direito de trazer produtos para o Brasil e vendê-los aqui. Ele também destacou que a transparência no processo é garantida, mesmo que alguns exijam um detalhamento completo da formação dos preços, algo que não é comum em outros setores, como alimentos.
A política de preço de paridade de importação (PPI), anteriormente adotada, não era vista como a mais adequada nem para a empresa, nem para o Brasil, de acordo com Prates. Ele explicou que vários fatores, incluindo os tipos de refinarias e a logística de entrega em diferentes mercados, precisam ser considerados ao estabelecer a estratégia comercial.
Prates destacou a vitória da empresa em conseguir “abrasileirar” os preços e evitar turbulências desnecessárias, garantindo uma estabilização da volatilidade. Ele enfatizou que a política de preços atual faz sentido e é benéfica para a empresa e o país.
O presidente da Petrobras fez questão de diferenciar a política de combustíveis nacional da estratégia comercial da empresa, que se concentra em seus próprios produtos e refinarias, não atuando diretamente na política de preços para todo o país.
REDAÇÃO com Agência Brasil