A produção de peixes no Nordeste apresenta uma crescente relevância, posicionando a região como o segundo maior polo produtor do país, ficando atrás apenas do Sul.
Os dados são do mais recente Anuário da Associação Brasileira da Piscicultura
Na busca por alternativas de cultivo com baixo custo inicial, a piscicultura desponta como uma opção viável para a diversificação das atividades agrícolas. Na região Oeste da Bahia, destacada como o segundo maior polo produtor do estado, exemplos como o do Sr. Marcos Tiecher, residente em uma fazenda no cerrado, ilustram o potencial e a diversificação do setor.
Com o auxílio de seu filho, Sr. Marcos investiu na piscicultura há dois anos, instalando cinco tanques escavados para a criação de diferentes espécies de peixes. Em sua propriedade, a integração entre a piscicultura e a criação de gado possibilita a utilização eficiente dos recursos, como a água adubada pelos peixes para a irrigação das plantações e pastos.
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Para garantir a qualidade da água e o bem-estar dos peixes, são empregados equipamentos como aeradores tipo chafariz, que promovem uma melhor oxigenação nos tanques. Segundo especialistas, esse tipo de tecnologia permite uma produção mais intensiva em espaços reduzidos, viabilizando uma maior densidade populacional de peixes.
A piscicultura na região, especialmente focada na produção de tilápia, tem mostrado um potencial significativo de crescimento. Com um investimento inicial relativamente baixo, estimado em cerca de 5 mil reais para cada mil quilos de peixe produzido, a atividade apresenta uma margem de lucro inicial que varia entre 20% e 30%, dependendo do manejo adotado.
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Segundo o último Anuário da Associação Brasileira da Piscicultura, a tilápia é a espécie mais cultivada no Brasil, com um aumento de 3% na produção em 2022 em comparação ao ano anterior. Na região Nordeste, Bahia e Pernambuco se destacam como os principais produtores, consolidando a importância da piscicultura como uma atividade econômica promissora na região.
REDAÇÃO com Canal Rural