O Nordeste brasileiro teve um papel importante na Segunda Guerra Mundial, tanto do ponto de vista estratégico quanto do ponto de vista humano. A região foi palco de ataques de submarinos alemães e italianos, que afundaram navios mercantes brasileiros e provocaram a morte de centenas de pessoas. Esses ataques foram o principal motivo que levou o Brasil a declarar guerra às potências do Eixo em agosto de 1942.
Além disso, o Nordeste foi base aérea dos Estados Unidos. A princípio, eles instalaram
diversos aeródromos ao longo da costa para facilitar o transporte de tropas e equipamentos para a África e a Europa. Contudo, o acordo entre Brasil e Estados Unidos previa também o fornecimento de matérias-primas como borracha e quartzo, para a indústria bélica americana. Dessa forma, o exército aliado ficou com insumos suficientes para entrar em batalha.
O sociólogo político Júlio César Guedes destaca que o caça B-59, que passou pelo Brasil, só entrou em em combate em 1944, tinha como objetivo atacar o Japão. “Metade destes aviões que foram para o Pacífico e passaram pelo Brasil, por Natal, pela base de Parnamirim. De lá ia pro Norte da África, depois Índia, até chegar em uma base sul da China, onde faziam o ataque no sul do Japão”, ressalta.
A participação do Nordeste na Segunda Guerra Mundial foi um capítulo marcante da história da região e até hoje mostra ao mundo o quanto a nossa região é bem localizada e como foi essencial para o deslocamento do gigantesco exército americano.
O Brasil na Segunda Guerra Mundial
A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial envolveu o envio de cerca de 25 mil soldados, que formaram a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e lutaram no front italiano contra as forças nazifascistas.
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Entre esses soldados, havia muitos nordestinos, que se destacaram pela bravura e pelo patriotismo. Um exemplo foi o sargento Max Wolf Filho, nascido em Rio Negro, no Paraná, mas que viveu em Recife desde os dois anos de idade. Ele morreu em combate na batalha de Montese, em abril de 1945, e foi condecorado com a medalha de sangue pelos americanos.
Ao mesmo tempo, outros personagens do Nordeste que participaram da guerra são de um grupo da cidade de Santa Luzia, no interior do Estado. A Assembleia Legislativa da Paraíba promoveu, inclusive algumas sessões para homenagear esses pracinhas e relembrar histórias da participação desse soldados brasileiros que integraram a Força Expedicionária Brasileira.
A tabela abaixo resume os números do Brasil na guerra.
Fotos: FAB/Prefeitura de Iporá/Prefeitura de Parnamirim