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O dia em que uma capital no Nordeste parou para construir um hospital

Essa é uma história que remonta o tempo em que a medicina ainda caminhava rumo a descobertas. E que a solidariedade falava mais alto em tempos de crise. Quando uma epidemia de cólera assolou Natal ...
Eliseu Lins, da Agência NE9
4 de agosto de 2025 - às 08:52
Atualizado 4 de agosto de 2025 - às 08:52
2 min de leitura

Essa é uma história que remonta o tempo em que a medicina ainda caminhava rumo a descobertas. E que a solidariedade falava mais alto em tempos de crise. Quando uma epidemia de cólera assolou Natal em 1856, a cidade precisou agir rápido. Pedreiros e carpinteiros abandonaram suas obras para erguer, em tempo recorde, um hospital que salvaria vidas.

A princípio, a antiga Rua da Salgadeira era onde se vendia carne salgada. Assim, com a construção do hospital, ganhou um novo nome: Rua da Misericórdia, em homenagem ao socorro oferecido naqueles dias difíceis.

Contudo, essa é apenas a primeira parte da história desse prédio icônico, que hoje abriga a Casa do Estudante de Natal – conhecida carinhosamente como “A Casa”. De hospital a quartel, escola e, finalmente, refúgio para universitários, o edifício carrega séculos de memórias. Vamos explorar essa trajetória fascinante!

Por que esse prédio é tão importante?

🏥 1. O Hospital que salvou Natal

  • Em 1856, a cólera matava centenas. O hospital foi erguido em tempo recorde por pedreiros e carpinteiros que deixaram seus trabalhos para ajudar.
  • Rua da Salgadeira virou Rua da Misericórdia – nome que permanece até hoje.

🏫 2. Escola de Ofícios e quartel

  • No século XX, o prédio virou a Escola de Aprendizes Artífices, formando profissionais em diversas áreas.
  • Depois, foi quartel da Polícia Militar, mostrando sua versatilidade ao longo dos anos.

🛏️ 3. A Casa do Estudante

  • Hoje, abriga universitários de baixa renda, oferecendo moradia e apoio.
  • Dessa forma, é um patrimônio histórico, testemunha das transformações de Natal.

Um prédio com múltiplas vidas

Em suma, a Casa do Estudante não é só um local de moradia – é um símbolo de resistência e adaptação. De hospital emergencial a centro de acolhimento, ela reflete a história viva de Natal.

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Eliseu Lins

Eliseu Lins é baiano de nascimento e paraibano de coração. Jornalista formado na UFPB, tem mais de 20 anos de atuação na imprensa do Nordeste. É pós-graduado em jornalismo cultural e ocupa o cargo de editor-chefe do NE9 desde 2022.