O Nordeste tem 63,81% das comunidades quilombolas do Brasil. E o Maranhão é responsável por 23,99% desse número. Esse montante representa 1,8 milhão de pessoas. Os dados são do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e teve divulgação nesta sexta-feira (19).
Onde ficam as comunidades quilombolas no Brasil?
Região
Percentual
Quantidade de Comunidades
Nordeste
63,81%
5.386
Sudeste
14,75%
1.130
Norte
14,55%
1.116
Sul
3,60%
276
Centro-Oeste
3,29%
247
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Com relação às cidades, dos 20 municípios com comunidades quilombolas, 11 estão no Maranhão. Já as duas cidades com maior presença são Alcântara/MA (122) e Itapecuru Mirim/MA (121). A única capital que aparece no ranking é Macapá, no Amapá, na 14ª posição, com 56 registros. Em todo o país, 1,7 mil municípios têm presença quilombola.
O que faz uma comunidade ser quilombola?
No Brasil, uma comunidade é denominada de quilombola quando seus habitantes são descendentes de africanos escravizados que se estabeleceram em áreas remotas como forma de resistência à escravidão.
Essas comunidades tem formação principalmente por pessoas que escaparam das fazendas e engenhos. Desse modo, criando seus próprios meios de subsistência e preservando suas tradições culturais e religiosas.
O reconhecimento de uma comunidade como quilombola envolve um processo que inclui a autodefinição dos membros da comunidade, o reconhecimento da ocupação tradicional do território, e muitas vezes um estudo antropológico e histórico que comprova essa continuidade cultural.
Os benefícios do reconhecimento como comunidade quilombola
Os benefícios do reconhecimento como comunidade quilombola são significativos e abrangem várias áreas. Um dos principais benefícios é a segurança de posse da terra, já que essas comunidades passam a ter o direito legal ao território que tradicionalmente ocupam. Além disso, elas ganham acesso a políticas públicas específicas que visam a promoção da igualdade racial e o desenvolvimento sustentável. Isso inclui programas de incentivo à agricultura familiar, acesso a crédito rural, educação diferenciada que respeita a cultura quilombola, e serviços de saúde adequados às suas necessidades. Ao mesmo tempo, o reconhecimento também fortalece a identidade cultural e promove a inclusão social, contribuindo para a diminuição das desigualdades históricas enfrentadas por essas comunidades.
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