A região Nordeste registrou, na madrugada deste domingo (13), um espetáculo celeste: a chuva de meteoros Perseidas, que ocorre quando a Terra atravessa os restos deixados pelo cometa 109P/Swift-Tuttle, que orbita o Sol a cada 133 anos e que passou pela última vez pela parte interna do Sistema Solar em 1992.

Esse fenômeno astronômico é um dos mais populares também pôde ser observado em maior e menor escala em outras regiões do Brasil

O espetáculo acontece durante os meses de verão no Hemisfério Norte, onde as condições climáticas são mais favoráveis para a observação das chamadas “estrelas cadentes”. No seu auge, os observadores podem ver de 50 a 75 meteoros por hora, se o céu estiver limpo. No Hemisfério Sul, a visão é mais limitada.

Segundo o astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional, órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (ON/MCTI), a visibilidade nas regiões Norte e Nordeste do Brasil se deve à posição do radiante das Perseidas, que é um ponto no céu de onde os meteoros parecem sair.

“Quanto mais baixo está o radiante no céu, menor o fluxo de meteoros observado. E como as Perseidas estão baixas no horizonte, aqui no hemisfério sul, só será possível observar uma parte dos meteoros, cerca de um quinto ou um terço dessa região total que está irradiando”, explica De Cicco.

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Como enxergar uma chuva de meteoros?

Para tentar observar as chuvas de meteoros é necessário estar em um local com pouca poluição luminosa. Recomenda-se que o observador procure um local escuro, se possível longe das grandes cidades, para evitar a poluição luminosa. Além disso, deve-se apagar as luzes em volta e é imprescindível que o tempo esteja bom. O melhor horário para presenciar esse fenômeno foi na madrugada do dia 13 de agosto, entre 3h30 e o amanhecer.

A tabela abaixo mostra a quantidade de meteoros que foi possível observar nas regiões do Brasil.