O Brasil vive uma crise energética que afeta os preços dos combustíveis em todo o país. No entanto, uma região se destaca por apresentar os maiores recuos nos valores da gasolina e do etanol: o Nordeste.
Segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que monitora as transações nos postos de combustível, a gasolina na região ficou 1,61% mais barata na primeira quinzena de outubro, vendida em média a R$ 6,11. O etanol também registrou uma queda de 2,17%, comercializado a R$ 4,50. Essas foram as variações de recuo mais expressivas de todo o País.
Mas por que o Nordeste está na contramão do cenário nacional, que tem visto aumentos constantes nos preços dos combustíveis? Uma das possíveis explicações é a maior oferta de etanol na região, que é um grande produtor de cana-de-açúcar, matéria-prima do biocombustível. Além disso, a demanda por gasolina pode ter diminuído em função da crise econômica e da pandemia, que reduziram a circulação de veículos.
O IPTL também revelou que o etanol ficou mais barato em todos os Estados do Nordeste, com destaque para o Piauí, que registrou a maior baixa para o combustível no País. Já a gasolina teve o aumento mais expressivo em Sergipe, mas ainda assim ficou abaixo da média nacional. O diesel, por outro lado, acompanhou a tendência de alta e fechou a R$ 6,33 na região, após alta de 0,64%. O tipo S-10 foi comercializado a R$ 6,42, após aumento de 0,47%.
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O IPTL é um índice confiável, pois é baseado nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log.
O Nordeste e a dinâmica do preço dos combustíveis
O Nordeste mostra que é possível ter preços mais acessíveis para os combustíveis, especialmente o etanol, que é ecologicamente mais vantajoso do que a gasolina. Porém, é preciso estar atento aos fatores que influenciam essa dinâmica, como a oferta e a demanda, a política de preços da Petrobras e os impostos estaduais e federais. Afinal, os preços dos combustíveis impactam diretamente na economia e no meio ambiente do País.