A inflação no Nordeste registrou um índice inferior a todas as regiões do Brasil em outubro. Dessa forma, mantendo-se também abaixo da média nacional.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Nordeste foi de 0,47%, enquanto o índice nacional alcançou 0,56%.
Esse levantamento é do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), a divisão de pesquisa do Banco do Nordeste.
Essa tendência é observada tanto no acumulado de 12 meses quanto nos resultados de 2024 até agora.
No acumulado de 12 meses, a inflação no Nordeste é de 4,26%, em comparação aos 4,76% registrados no Brasil. No acumulado do ano, o IPCA da região está em 3,78%, também abaixo da média nacional, que é de 3,88%.
Os números da inflação nas capitais
| Região | Peso Regional (%) | Variação (%) Setembro | Variação (%) Outubro | Variação Acumulada (%) Ano | Variação Acumulada (%) 12 meses |
|---|---|---|---|---|---|
| Goiânia | 4,17 | 1,08 | 0,80 | 4,30 | 5,08 |
| Belém | 3,94 | 0,18 | 0,78 | 3,57 | 4,47 |
| Campo Grande | 1,57 | 0,58 | 0,70 | 3,96 | 4,89 |
| Brasília | 4,06 | 0,26 | 0,68 | 3,35 | 4,57 |
| São Paulo | 32,28 | 0,36 | 0,67 | 4,05 | 5,05 |
| Rio de Janeiro | 9,43 | 0,53 | 0,60 | 3,58 | 4,84 |
| São Luís | 1,62 | 0,60 | 0,57 | 5,42 | 5,46 |
| Rio Branco | 0,51 | 0,75 | 0,55 | 3,40 | 4,38 |
| Vitória | 1,86 | 0,49 | 0,50 | 3,56 | 4,57 |
| Recife | 3,92 | 0,17 | 0,50 | 3,57 | 3,48 |
| Belo Horizonte | 9,69 | 0,51 | 0,50 | 5,10 | 6,23 |
| Salvador | 5,99 | 0,28 | 0,48 | 3,46 | 4,15 |
| Fortaleza | 3,23 | 0,30 | 0,46 | 3,78 | 4,97 |
| Curitiba | 8,09 | 0,77 | 0,42 | 3,55 | 3,78 |
| Porto Alegre | 8,61 | 0,39 | 0,16 | 3,02 | 3,81 |
| Aracaju | 1,03 | 0,07 | 0,11 | 3,87 | 3,77 |
| Brasil | 100,00 | 0,44 | 0,56 | 3,88 | 4,76 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
Principais Grupos de Consumo em Outubro
O mês de outubro registrou elevações nos principais grupos de consumo, tanto no Nordeste quanto no restante do país.
No entanto, o Nordeste continua com uma menor intensidade nos aumentos, conforme ressaltou o economista-chefe do Etene, Rogério Sobreira. Confira a seguir uma tabela com as variações observadas:
| Grupo de Consumo | Nordeste (Outubro) | Brasil (Outubro) | Variação Setembro-Outubro (Nordeste) |
|---|---|---|---|
| Alimentação e Bebidas | +0,6% | +0,62% | Aumento após queda de 0,06% |
| Artigos de Residência | +0,37% | +0,4% | Aumento em relação aos 0,27% de setembro |
| Vestuário | +0,78% | +0,81% | Alta após recuo de 0,06% |
| Saúde e Cuidados Pessoais | +0,81% | +0,83% | Reversão da queda de 0,28% |
| Comunicação | +0,34% | +0,36% | Aumento após retração de 0,09% |
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Essas variações apontam para uma aceleração nos preços, sobretudo em categorias como Alimentação e Bebidas, Vestuário, e Saúde e Cuidados Pessoais.
Apesar disso, a intensidade dos aumentos permanece menos pronunciada no Nordeste em comparação com a média nacional.
Impacto e Perspectivas
Esses números refletem uma inflação controlada na região, mesmo diante da aceleração dos preços observada em diversas áreas de consumo.
Com a continuidade das análises do Banco do Nordeste e do IBGE, a expectativa é de que a região mantenha um desempenho mais moderado em relação ao restante do país, beneficiando o consumidor nordestino.
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