Das belezas naturais à culinária cearense, programação de férias conta com música ao vivo, feirinhas, exposição, oficinas formativas e muito mais
Fortalezenses e turistas têm no Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba um local de conexão com as riquezas naturais e culturais do Ceará. Com programação diversificada durante o ano todo, as atividades de janeiro no Complexo ganharam a animação das férias.
Em funcionamento há 10 meses, o Complexo conta com os Polos de Gastronomia Tradicional, de Cultura, Memória e Natureza, de Educação Ambiental e Ecoturismo, além de 17 quiosques para vendas de alimentos e bebidas. Os pontos são geridos por permissionários que representam os moradores locais. Todos participaram de qualificação profissional na Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco.
O fim de tarde, às margens do Rio Cocó, entre dunas e mar, é o horário preferido da artesã Morgana Alves, que é visitante assídua do Complexo. “É como se fosse minha segunda casa, porque sempre estou por aqui. Sinto acolhimento e segurança para trazer minha família e meus amigos. Tem essa beirinha de praia que parece um Caribe e um ambiente sem barulheira, além do fim de tarde, que é uma maravilha”, destaca.
No Polo Cultura, Memória e Natureza, a novidade é o Centro de Memória Raízes da Sabiaguaba, inaugurado em dezembro do ano passado. O espaço apresenta aos visitantes a cultura dos povos originários e tradicionais da Sabiaguaba. De acordo com a Sema, a exposição permanente e homônima foi fundamentada em pesquisa com os moradores, valorizando os marcadores de tempo da memória, bem mais que o cronológico.
Registros que, para a professora Jacqueline Araújo, guardam nas coisas a história e o afeto das pessoas. “O Centro de Memória é muito interessante. Mostra a nossa história. Vi coisas do meu tempo de infância que eu nem lembrava. Os instrumentos de pesca me lembraram o meu avô, que era pescador”, conta.
O acervo está dividido em fases da Lua, uma referência ao tempo cíclico, da natureza, e à presença marcante do feminino na comunidade: Nova, que demarca a arqueologia e a ancestralidade; Crescente, que remete às comunidades tradicionais; Cheia, que se refere à Resistência; e Minguante, que aponta para a luta e a ressignificação.
Outro destaque são as atividades de formação e vivência ligadas ao Polo de Educação Ambiental e Ecoturismo, como foco na compreensão da história do lugar e sua importância para a preservação dos biomas e ecossistemas locais, principalmente o mangue, as dunas da Sabiaguaba e o Parque Estadual do Cocó – maior parque natural em área urbana do Norte/Nordeste brasileiro e o quarto da América Latina.
Serviço
Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba
De Segunda a domingo, das 10h às 22h.
Exceto, às terças: fechado.
Entrada gratuita