A inauguração do Museu de Arte Contemporânea da Bahia marca um novo momento na cena artística e cultural de Salvador. O evento, intitulado MAC 60 horas, teve início nesta sexta-feira (29) e se estenderá até as 22h do domingo (1º), promovendo uma celebração vibrante com exposições e uma ampla gama de atividades.
Situado no bairro da Graça, o MAC Bahia ocupa o histórico Palacete do Comendador Bernardo Martins Catharino, anteriormente o Palacete das Artes, um edifício tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) desde 1986. O espaço foi meticulosamente adaptado para abrigar obras e projetos de arte contemporânea, incluindo novos espaços voltados para expressões como arte urbana, digital, videoarte, performance e produção maker.
O investimento do Governo do Estado, cerca de R$ 2 milhões, não apenas viabilizou as primeiras exposições, mas também abrangeu uma ampla gama de serviços, como manutenção predial, tratamento das fachadas, paisagismo e readequação de espaços administrativos. Além disso, o café do museu terá a assinatura gastronômica da renomada chef Angeluci Figueiredo, responsável pelo aclamado restaurante Preta na Baía de Todos-os-Santos.
A diretora do Ipac, Luciana Mandelli, enfatiza que a inauguração representa um marco na cena artística da Bahia, unindo a preservação da herança cultural à abertura para expressões artísticas contemporâneas. Para o influente DJ Branco, uma figura proeminente na cena hip hop, o MAC Bahia desempenha um papel crucial ao acolher o hip hop e outras formas de arte que anteriormente encontravam barreiras em museus tradicionais.
No interior do museu, os visitantes encontrarão uma exposição composta por obras transferidas do MAM Bahia para formar o acervo inicial do MAC Bahia, totalizando cerca de 175 trabalhos de 102 artistas premiados ao longo das 16 edições dos Salões do MAM Bahia. Além disso, o anexo apresenta a exposição individual ‘Agô’, de Ayrson Heráclito, um dos principais nomes da arte contemporânea na Bahia e no Brasil. Uma outra atração é a exposição ‘Muro’, que reúne mais de 50 artistas urbanos que terão seus trabalhos incorporados ao acervo do museu.
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Daniel Rangel, diretor do MAC, destaca a conexão histórica do museu com a cultura da Bahia, ressaltando que o MAC Bahia nasce como uma expansão natural do museu moderno, conectado ao MAB, tal como ocorreu no passado. A coleção inicial do MAM foi formada por obras provenientes do MAB, e o mesmo gesto se repete na formação do acervo do MAC Bahia, com obras vindas dos Salões do MAM Bahia, realizados entre 1994 e 2009.
Além das exposições, o MAC Bahia oferecerá uma programação regular de vídeo mapping, uma escultura skatável interativa, exibições noturnas de videoarte no Cine-Paredão e laboratórios educativos, incluindo um dedicado ao público infanto-juvenil e três estúdios para artistas e o público em geral.
REDAÇÃO com Assessoria