Medalha da Ordem do Mérito Capibaribe é a mais alta comenda concedida pela Prefeitura do Recife e foi entregue nesta segunda (22) pelo prefeito João Campos
Nesta segunda-feira (22), o Teatro de Santa Isabel recebeu o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF) com 20 anos de corte, para uma série de homenagens – incluindo a medalha da Ordem do Mérito Capibaribe, a mais importante comenda concedida pela Prefeitura do Recife. A cerimônia ainda contou com a entrega de outras honrarias, concedidas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e pelo Governo do Estado. O ato contou ainda com uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Recife, a mais antiga do Brasil em atividade ininterrupta.
Em sua fala, o prefeito do Recife, João Campos, destacou toda a carreira do ministro, dentro e fora do STF. João aproveitou para destacar o papel de Gilmar Mendes na defesa da Constituição e da Democracia. “É preciso registrar que foi aqui, em 1817, que vimos nascer, com a Revolução Pernambucana, a instituição no Brasil do princípio dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). É por conta dessa história que a presença do ministro Gilmar Mendes, integrante da corte maior do nosso país e principal defensora da nossa Constituição, muito nos honra”, destacou o prefeito. “Hoje, tenho a honra, como prefeito do Recife, de conferir ao senhor Gilmar Ferreira Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, a nossa mais alta honraria: a Medalha do Mérito Capibaribe da Cidade do Recife, mais alta comenda oferecida pela Prefeitura do Recife. A primeira entregue durante o nosso mandato”, acrescentou.
“Recebo com muita satisfação todas essas palavras que foram ditas. Puderam se debruçar na minha trajetória e vida no Supremo Tribunal Federal nesses já longos anos. Fico muito tocado com uma homenagem tão expressiva feita por autoridades importantes de um Estado importante para a federação, como é Pernambuco”, falou em seu discurso o ministro do STF. “Já disse em outra oportunidade, senhoras e senhores, que por razões talvez até de ofício, e mesmo da forma de me posicionar na vida pública, eu sou uma pessoa desacostumada a homenagens. Fui muito treinado, ao longo dos anos, para ser criticado. Fico um tanto quanto embaraçado com homenagens, mas fico bastante feliz de ver esse trabalho de anos reconhecido. E, sobretudo, do papel do Supremo Tribunal Federal, pelo meu intermédio e de outros colegas, tem desempenhado nesse curto e significativo período de vida democrática”, finalizou.
A medalha da Ordem do Mérito Capibaribe foi concedida ao decano Gilmar Mendes considerando a renomada carreira como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no qual completou 20 anos de atuação. Houve, também, entrega da placa comemorativa aos 130 anos do Ministério Público de Pernambuco; dos livros: Tribunal de Justiça de Pernambuco: 200 anos de História e Uma Corte de Justiça do Império, Um Tribunal da Relação de Pernambuco, de Autoria de José Ferraz Ribeiro do Valle; do diploma da Corregedoria e do livro sobre a História do Instituto Ricardo Brennand; de uma maquete do Palácio Joaquim Nabuco, sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco; e da Medalha Nilo Coelho, pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, mais alta comenda do TCE.
BIOGRAFIA – Gilmar Ferreira Mendes é ministro do Supremo Tribunal Federal desde 20 de junho de 2002. Foi presidente da corte entre os anos de 2008 e 2010, sendo o atual decano. Natural de Diamantina, no Mato Grosso, é também professor, acadêmico e escritor. Foi indicado pelo presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em cujo governo exercia cargo de advogado-geral da União desde janeiro de 2000. É mestre e doutor em Direito pela Universidade de Münster. É docente da Universidade de Brasília, pela qual se graduou, e do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do qual é fundador. Recebeu o prêmio Jabuti em 2008, como um dos autores do livro Curso de Direito Constitucional, e em 2014, como um dos organizadores da obra Comentários à Constituição do Brasil, ambos pela Editora Saraiva. Ingressou no Ministério Público Federal como procurador da República em 1985 e posteriormente exerceu diversos cargos na administração pública federal, tais como consultor jurídico da Secretaria Geral da Presidência da República, assessor do Ministério da Justiça, subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil e advogado-geral da União, antes de sua nomeação para o STF.
FOTOS: Edson Holanda / PCR
FONTE: Imprensa PMR