Empreendimento será o primeiro da América do Sul e será localizado na Praia de Pipa, no Rio Grande do Norte
O Brasil será o primeiro país da América do Sul a ter uma vila para nômades digitais. A iniciativa; que será implantada na praia de Pipa, no Rio Grande do Norte; foi fruto de articulação do Ministério do Turismo com a Nomadx – uma das maiores empresas do segmento no mundo e responsável pela ideia. A chegada de um investimento como esse no país impactará diretamente no turismo, já que o futuro local atrairá turistas brasileiros e estrangeiros para a região, gerando emprego e renda para a comunidade.
Localizada na cidade de Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, a praia de Pipa será o piloto da iniciativa no país. O local foi o escolhido por ser um destino que une o contato com a natureza, uma boa conexão com a internet, segurança e tranquilidade. Além de Pipa, a empresa planeja instalar outras nove vilas em pontos estratégicos do Brasil nos próximos anos, ampliando as opções e oportunidades para os nômades e para as comunidades locais.
Os nômades digitais são uma tendência para o pós-pandemia. Em todo o mundo, o número de pessoas que buscam esse estilo de vida vem crescendo exponencialmente. Com a demanda cada vez maior, os destinos turísticos tradicionais estão se preparando para ofertar este serviço de forma qualificada e diversificada. Assim como muitos brasileiros deixam o país para viajar e trabalhar fora, os estrangeiros estão trazendo seus computadores para o nosso país.
Desde o ano passado, os trabalhadores estrangeiros que entraram no Brasil com atividade profissional remota e vínculo empregatício em seu país de origem podem solicitar visto temporário e autorização de residência de até um ano. A medida foi implementada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e contribuiu, mais uma vez, tanto na atração de turistas para territórios brasileiros quanto no aumento de sua estada no país.
NÔMADES DIGITAIS – Estimativas do Relatório Global de Tendências Migratórias de 2022, da Fragomen, apontam que o número de nômades digitais deve chegar a 1 bilhão de adeptos em todo o mundo. O estilo de vida, que ganhou espaço durante a pandemia da Covid-19, é atribuído em sua maioria a profissionais das artes, escritores, CEO’s e programadores. O mesmo documento ressalta a importância econômica destes trabalhadores para os locais, já que a renda de 40% deles ultrapassa os US$ 75 mil. Além do Brasil, países como Islândia, Tailândia, Emirados Árabes, Costa Rica, Grécia e Argentina já aderiram aos vistos para nômades digitais.
FONTE: MTUR // TEXTO: Victor Maciel // FOTO: Humberto Sales/MTur