O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), tradicionalmente voltado para famílias de baixa renda, agora avança e passa a atender também a classe média brasileira, com novas regras que permitem o financiamento de imóveis para famílias com renda de até R$ 12 mil mensais.
A ampliação foi anunciada pelo ministro das Cidades, Jader Filho, durante entrevista ao programa A Voz do Brasil nesta segunda-feira (7). Segundo ele, a nova modalidade é uma resposta à escassez de crédito habitacional via poupança,. Dessa forma, será possível graças ao uso de recursos do Fundo Social, originado do pré-sal, aliado à LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e à própria poupança.
3 milhões de novas moradias até 2026

A princípio, a meta do governo federal é contratar 3 milhões de unidades habitacionais até 2026. Só em 2025, o objetivo é financiar 120 mil imóveis para famílias da Faixa 4, que agora têm acesso ao MCMV pela primeira vez. O financiamento pode ocorrer em até 420 parcelas (35 anos). Os juros é de 10,5% ao ano para imóveis de até R$ 500 mil.
De acordo com o ministro, a maioria das contratações até hoje está concentrada na Faixa 1, voltada às famílias com menor renda. Nessa faixa, o subsídio federal chega a R$ 55 mil, e os juros são os menores da história do programa, o que reforça o compromisso do governo com a justiça social.
Entenda as faixas do programa Minha Casa, Minha Vida
Faixa | Renda Familiar Mensal | Finalidade | Destaques |
---|---|---|---|
Faixa 1 | Até R$ 2.800 | Famílias de baixa renda | Maior subsídio (até R$ 55 mil), menores juros da história |
Faixa 2 | De R$ 2.801 a R$ 4.700 | Famílias de baixa renda com pequeno ganho extra | Condições facilitadas, juros reduzidos |
Faixa 3 | De R$ 4.801 a R$ 8.000 | Famílias de renda intermediária | Financiamento com condições intermediárias |
Faixa 4 | De R$ 8.001 a R$ 12.000 | Classe média que busca imóveis de até R$ 500 mil | Novidade de 2025: até 420 parcelas, juros de 10,5% ao ano, imóveis novos ou usados |
Justiça social e impulso ao setor imobiliário

Assim, com a inclusão da classe média no programa, o governo busca primordialmente ampliar o acesso à casa própria. Ao mesmo tempo, procura injetar novos recursos no setor da construção civil, gerar empregos e aquecer a economia. Desse modo, a utilização de diferentes fontes de financiamento também é uma forma de contornar a redução dos recursos disponíveis via poupança, uma das principais fontes do crédito imobiliário tradicional no Brasil.
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