Entre as mais de 57 mil empresas ativas no mercado, 22.622 têm a participação feminina
Mulheres protagonistas, empresárias e donas do seu próprio negócio ocupam cada vez mais espaços em diversos segmentos do mercado. De acordo com dados da Junta Comercial de Sergipe (Jucese), o estado possui 42.162 mulheres participantes do quadro societário de empresas e, desse número, 12.995 são sócias-administradoras.
“Empresariar é a arte de ousar, perseverar e confiar”, descreve Shirley Vidal, empresária que atua há 14 anos no segmento de Comunicação e Marketing. Para a comunicadora, uma pessoa empreendora está apta a se comunicar, flexibilizar, adaptar e se desenvolver como ser humano. “A liderança feminina se destaca pela paciência, tolerância, gestão integrada, intuição e sensibilidade. É um equilíbrio entre o emocional e a lógica. Uma mulher empreendedora é aquela que se permite viver em fluxo de crescimento e autoconhecimento”, completa.
O empreendedorismo feminino vai além dos lucros, está ligado ao empoderamento, visibilidade e reconhecimento. “Enfrentei muitos desafios e julgamentos, algumas pessoas desacreditavam na minha capacidade por ser mulher, mas eu me tornei referência de diversas marcas de produtos por causa do trabalho diferenciado em vendas que administro”, revela Anne Costa, empresária no ramo de Locação de Veículos e Material de Construção.
Segundo uma pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) realizada com 49 países, o Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras, apontando mais de 24 milhões de empresárias brasileiras. Embora a mulher conquiste cada vez mais espaços, há ainda muito caminho a percorrer e a luta por sobrevivência e igualdade de direitos não pode ser romantizada. “A história nos mostra o lugar que a sociedade patriarcal sempre buscou impor às mulheres. Felizmente, após lutas constantes, estamos ocupando cada vez mais lugares”, reflete Cristina Melo, diretora de Registro da Jucese.
A empresária contábil e conselheira do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Ângela Dantas, foi a primeira mulher a dirigir o Conselho de Contabilidade de Sergipe, após 21 gestores do sexo masculino. “As mulheres profissionais contábeis do nosso estado sempre se destacaram por sua atuação e representação. No panorama nacional, é cada vez mais notório o crescimento da nossa categoria”, afirma. Um estudo realizado pelo CFC apontou que, de 1996 a 2019, a quantidade de contadoras no mercado de trabalho passou de 27,45% para 42,77%.
FONTE: SECOM SE