O nome dela é Ana Júlia Monteiro de Carvalho. Nordestina de Maceió, virou destaque internacional ao criar uma telha sustentável feita com cascas de moluscos. A iniciativa levou a jovem a ser destaque na edição de 2021 do Global Student Prize, prêmio concedido pela Unesco que é considerado o Nobel da Educação.
Aos 18 anos de idade, a nordestina foi a primeira estudante da América Latina a ficar entre os 10 finalistas da premiação, que contou com a participação de mais de 3,5 mil alunos de 94 diferentes países.
A jovem criou a telha Ecosururu quando tinha 15 anos de idade. A iniciativa oferece a possibilidade de moradia mais barata a pessoas vulneráveis e também resolve um grave problema ambiental da região onde a menina mora: o descarte incorreto das cascas do molusco sururu, cuja pesca e venda são uma das principais formas de subsistência no Nordeste.
Antes de mais nada, o produto é feito a partir de um pó produzido com esses resíduos. Ao mesmo tempo, são triturados e misturados, para dar liga, a pneus velhos – outro resíduo cujo descarte é bastante desafiador.
A ideia teve como inspiração a população da Lagoa Mundaú, também em Maceió. Trata-se de uma comunidade ribeirinha, sem acesso à saneamento básico, que vive em barracos e comercializa sururu para sobreviver. Contudo, as cascas do molusco, por não serem consumíveis, acabam no lixo à céu aberto.
FONTE: Da Redação do NE9, com o The Greenest Post