Maria Larissa Pereira Paiva é uma estudante cearense de 16 anos que descobriu um asteroide em programa da Nasa. Seu feito foi conhecido em todo o Brasil em diversas publicações e agora ela volta aos holofotes por ter concluído um estudo de classificação de 1.450 galáxias.
Após a descoberta do asteroide, Larissa ganhou uma vaquinha. A finalidade era apoiá-la a seguir com os estudos, já que ela é de família bastante humilde e chegou a estudar com o computador emprestado de um amigo.
E deu tudo certo! Hoje a Larissa está equipada com o próprio notebook e está inspirado outras pessoas. Ela sempre publica no perfil pessoal do Instagram que quer incentivar outros jovens a nunca desistirem dos sonhos, por mais distantes que eles estejam.
Cruzeiro das Galáxias
A jovem hoje integra o projeto “Galaxy Cruise”, ou Cruzeiro das Galáxias, do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ na sigla em inglês).
A partir do projeto, ela recebe imagens feitas por uma câmera de alta tecnologia (Hyper Suprime-Cam) com apoio do Telescópio Subaru.
Com isso, a Larissa consegue analisar diversas características das galáxias, como tamanho, luminosidade, formato e comprimento de ondas.
Após a análise, ela registra as informações em um software do projeto. Com os dados, é possível até prever alguns fenômenos como a colisão de galáxias.
“Eu fiz um curso e só depois comecei a usar o programa, que vem do observatório nacional do Japão, para pesquisar. Eu recebi o certificado para começar e aprendi a deduzir as informações”, explica a futura astrônoma.
Entre os melhores
E os esforços de Larissa têm dado muito certo. Lá em Pires Ferreira, no interior do Ceará, a jovem recebe as imagens de galáxias reais em diversos ângulos e preenche dados sobre as particularidades vistas. “É um formulário bem dinâmico, o mais complicado é analisar”, observa.
Ela conta que o processo não é tão divertido, mas que vale a pena pela experiência e conhecimento que ela ganha, já que não é remunerada pela pesquisa.
“Não é só colorido e divertido, porque temos que colocar os filtros. Realmente é uma análise de dados astronômicos que está vindo de um telescópio no Japão”, explica.
E foi graças a esperteza da Larissa que o nome dela apareceu no topo da lista do projeto. “No ranking, eu não vi nenhum outro nome brasileiro, estive no topo por muito tempo. Eram só nomes japoneses, alguns ingleses, e o meu estava ali com o clássico Maria”, comemora.
FONTE: Com informações do Só Notícia Boa