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Igreja de Santo Antônio é restaurada e volta a ser destaque no patrimônio histórico de São Luís

A obra foi realizada pelo Governo do Maranhão, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e contemplou também as capelas de Bom Jesus dos Navegantes e Bom Jesus da Coluna.
Eliseu Lins, da Agência NE9
3 de setembro de 2025 - às 07:09
Atualizado 3 de setembro de 2025 - às 07:09
4 min de leitura

Parte do conjunto arquitetônico do Convento de Santo Antônio, o templo do século XIX é símbolo da religiosidade e da cultura maranhense.

O patrimônio arquitetônico de São Luís, reconhecido pela Unesco em 1997 como Patrimônio Cultural Mundial, acaba de ganhar um novo capítulo em sua história. A Igreja de Santo Antônio, localizada na Praça Antônio Lobo, no Centro da capital maranhense, foi oficialmente reaberta após um processo completo de restauração. A obra foi realizada pelo Governo do Maranhão, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). E dessa forma contemplou também as capelas de Bom Jesus dos Navegantes e Bom Jesus da Coluna.

História e importância do monumento

Construída em 1867, a Igreja de Santo Antônio é um dos principais símbolos da devoção ao santo casamenteiro no Maranhão. O templo integra o Convento de Santo Antônio, fundado em 1625 pelos franciscanos, um dos conjuntos religiosos mais antigos da cidade. Inicialmente, o convento contava apenas com a capela de Bom Jesus dos Navegantes, incorporada posteriormente à igreja erguida no século XIX.

Ao longo das décadas, o espaço tornou-se não apenas um local de fé, mas também um ponto de referência cultural e arquitetônico. Por sua relevância, integra o Centro Histórico de São Luís, tombado pelo Iphan e reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco.

Igreja de Santo Antonio em São Luis foto William Camizão
Igreja de Santo Antonio em São Luis foto William Camizão

Detalhes da restauração

Ao mesmo tempo, a intervenção foi considerada a maior já realizada em um conjunto capuchinho no Maranhão. Os serviços incluíram:

  • Estabilização estrutural de prédios em condições críticas;
  • Restauro de altares, imagens sacras e bens móveis integrados;
  • Instalação de novo sistema elétrico, luminotécnico e de combate a incêndio;
  • Criação de um ateliê dentro da própria igreja, para preservar as características originais durante os trabalhos.

Assim, com as melhorias, o templo passa a oferecer maior conforto e segurança aos fiéis e visitantes, mantendo viva a essência de sua arquitetura histórica.

Celebração e significado

A reabertura foi marcada por uma missa solene presidida pelo arcebispo de São Luís, Dom Gilberto Pastana, que destacou a relevância da obra como herança espiritual e cultural:

“Esta igreja não é só pedra. Ela é sentimento, emoção, história e vida. Agora, reabre para acolher a comunidade e continuar cumprindo sua missão”, afirmou o religioso.

Autoridades estaduais e representantes do Iphan também participaram da cerimônia, reforçando o compromisso do poder público com a preservação da memória maranhense.

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Complexo do Convento de Santo Antônio

Ao mesmo tempo, o conjunto religioso tem em sua formação:

  • Igreja de Santo Antônio (1867);
  • Capela de Bom Jesus dos Navegantes (1625);
  • Capela de Bom Jesus da Coluna (século XIX).

O complexo integra o cenário do Centro Histórico de São Luís, que reúne casarões coloniais, igrejas seculares e praças históricas, sendo um dos mais expressivos acervos arquitetônicos do Brasil.

Portanto, com a restauração da Igreja de Santo Antônio, São Luís reafirma seu status de cidade histórica e cultural, onde fé, memória e arquitetura se encontram. Afinal, o monumento retorna ao roteiro turístico e religioso do Maranhão como um espaço preservado, aberto à visitação e à celebração da identidade maranhense.

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Eliseu Lins

Eliseu Lins é baiano de nascimento e paraibano de coração. Jornalista formado na UFPB, tem mais de 20 anos de atuação na imprensa do Nordeste. É pós-graduado em jornalismo cultural e ocupa o cargo de editor-chefe do NE9 desde 2022.