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IBGE: Brasil registra queda histórica na taxa de desemprego

O Brasil registrou uma queda na taxa de desemprego no trimestre encerrado em julho de 2023, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (31). A taxa de desocupação ficou em 7,9%, o menor nível desde 2014 para o mesmo período e desde o final de 2022 para qualquer trimestre. O país tem 8,5 milhões de pessoas sem trabalho, o menor contingente desde 2015. A população ocupada voltou a crescer após dois trimestres de queda, chegando a 99,3 milhões de pessoas. A massa salarial bateu recorde da série histórica, totalizando R$ 286,9 bilhões.

De acordo com a PNAD Contínua, a taxa de desemprego recuou 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (fevereiro a abril), quando estava em 8,5%. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, a queda foi de 1,2 ponto percentual, já que naquela ocasião a taxa era de 9,1%. O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que previam uma taxa entre 7,8% e 8,4%.

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A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, Adriana Beringuy, explicou que a redução da taxa de desemprego se deve principalmente ao aumento do número de pessoas trabalhando. “Esse recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, disse.

Mais 1,3 milhão de empregos no Brasil

O número de pessoas ocupadas aumentou em 1,3 milhão (1,3%) em relação ao trimestre anterior e em 669 mil (0,7%) na comparação anual. O nível da ocupação, que mede a proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, subiu para 56,8%, um aumento de 0,6 ponto percentual frente ao trimestre anterior e uma estabilidade frente ao mesmo período do ano passado.

Vários setores registraram crescimento, dentre eles os relacionados à administração pública

Os setores que mais contribuíram para o aumento da ocupação foram: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais (mais 593 mil pessoas), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (mais 296 mil pessoas) e serviços domésticos (mais 178 mil pessoas). Esses setores também foram os que mais cresceram no panorama anual.

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A massa de rendimento real habitual dos trabalhadores atingiu R$ 286,9 bilhões no trimestre encerrado em julho, um recorde da série histórica iniciada em 2012. Esse valor representa um crescimento de 2% frente ao trimestre anterior e de 6,2% na comparação anual. O rendimento médio real habitual ficou em R$ 2.935, o que significa uma estabilidade frente ao trimestre anterior e um aumento de 5,1% frente ao mesmo período do ano passado.

Desafio é aumentar ainda mais a empregabilidade

A população fora da força de trabalho, que não estava trabalhando nem procurando

O grande desafio agora é aumentar ainda mais a empregabilidade.

trabalho, foi estimada em 66,9 milhões de pessoas. Esse número representa uma queda de 0,5% frente ao trimestre anterior e um aumento de 3,4% na comparação anual. A população desalentada, que desistiu de procurar emprego por acreditar que não conseguiria uma vaga, somou 3,7 milhões de pessoas. Esse contingente ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 13,4% na comparação anual. A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (que gostaria e estava disponível para trabalhar mais horas) foi estimada em 5,2 milhões de pessoas. Esse número também ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 20,5% na comparação anual.

O número de empregados com carteira assinada no setor privado foi estimado em 37 milhões de pessoas. Esse número ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 3,4% na comparação anual. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado foi estimado em 11,4 milhões de pessoas. Esse número cresceu 4% frente ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual. O número de trabalhadores por conta própria foi estimado em 25,2 milhões de pessoas. Esse número ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 2,5% na comparação anual.

A tabela abaixo mostra indicadores da taxa de desemprego no Brasil.

IndicadorTrimestre encerrado em julho de 2023Trimestre anterior (fevereiro a abril)Mesmo trimestre de 2022
Taxa de desemprego7,9%8,5%9,1%
Número de desempregados8,5 milhões9,1 milhões9,6 milhões
Número de ocupados99,3 milhões98 milhões98,6 milhões
Nível de ocupação56,8%56,2%56,8%
Massa salarial real habitualR$ 286,9 bilhõesR$ 281,3 bilhõesR$ 270,2 bilhões
Rendimento médio real habitualR$ 2.935R$ 2.933R$ 2.792
População fora da força de trabalho66,9 milhões67,2 milhões64,7 milhões
População desalentada3,7 milhões3,7 milhões4,3 milhões
População subocupada por insuficiência de horas trabalhadas5,2 milhões5,2 milhões6,5 milhões
Empregados com carteira assinada no setor privado37 milhões37 milhões35,8 milhões
Empregados sem carteira assinada no setor privado11,4 milhões11 milhões11,4 milhões
Trabalhadores por conta própria25,2 milhões25,2 milhões25,8 milhões

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