Trecho Sul de 25,32 km será construído com investimento de R$ 632 milhões
O Governo de Pernambuco oficializou, nesta sexta-feira (12), a ordem de serviço para o início das obras do Arco Metropolitano, obra de infraestrutura viária considerada uma das mais importantes intervenções dos últimos anos na Região Metropolitana do Recife (RMR).
O projeto deverá melhorar a mobilidade urbana, desafogar o tráfego da BR-101 e fortalecer a logística de escoamento industrial e agrícola no estado.
A cerimônia foi realizada em Moreno, com a presença de autoridades estaduais e líderes políticos, marcando o começo das obras do Segmento 2 do Lote 2, também conhecido como trecho Sul do Arco Metropolitano.
A intervenção integra o programa PE na Estrada e representa um passo decisivo para retirar do papel um projeto aguardado há décadas pelo setor produtivo e pela população da RMR.
Arco Metropolitano: obra estratégica para logística e mobilidade
O Arco Metropolitano do Recife é um corredor rodoviário planejado para criar um contorno viário que liga importantes rodovias federais e estaduais, reduzindo entraves de tráfego e conectando áreas industriais e portuárias, incluindo o Complexo Industrial e Portuário de Suape.
Além disso, a intervenção tem o potencial de aumentar a competitividade econômica do estado ao oferecer rotas alternativas ao intenso tráfego de caminhões entre o litoral e o Agreste.
Detalhes do trecho Sul autorizado
| Item | Informação |
|---|---|
| Nome do projeto | Arco Metropolitano – Trecho Sul (Segmento 2 do Lote 2) |
| Localização | BR-232 (Moreno) → BR-101 (Cabo de Santo Agostinho) |
| Extensão | 25,32 km |
| Investimento | R$ 632 milhões |
| Programa | PE na Estrada |
| Prazo estimado | Aproximadamente 2 anos |
| Impacto | Melhoria da mobilidade e logística na RMR, geração de empregos |
Segundo o governo, as obras devem gerar mais de 1.500 empregos diretos e indiretos ao longo da execução. A expectativa é que a conclusão do trecho transforme a mobilidade regional, reduzindo congestionamentos e otimizando o fluxo de veículos de carga e passageiros na Região Metropolitana do Recife.
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Governança e importância regional
A governadora Raquel Lyra destacou durante a assinatura da ordem de serviço que o Arco Metropolitano representa conquista histórica para Pernambuco, uma vez que atende a demandas antigas de infraestrutura e logística. Segundo ela, a obra não só melhora o direito de ir e vir dentro da RMR, como também fortalece a economia, ao inserir o estado em um novo patamar de eficiência viária.

A vice-governadora Priscila Krause e o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, André Teixeira Filho, reforçaram que o projeto terá impacto direto no planejamento urbano, além de ampliar o acesso ao Porto de Suape, consolidando Pernambuco como um hub logístico no Nordeste.
Impactos esperados para a Região Metropolitana
O Arco Metropolitano responde a um gargalo histórico de tráfego e lentidão na BR-101, uma das principais artérias rodoviárias da região.
Ao oferecer um traçado alternativo que liga as principais rodovias do estado — como BR-232, BR-408 e BR-101 — a nova infraestrutura promete ampliar a fluidez do trânsito, reduzir custos logísticos e intensificar a integração entre polos econômicos.
Adicionalmente, a construção do corredor viário facilita a circulação entre municípios importantes da RMR, como Camaragibe, São Lourenço da Mata, Igarassu, Moreno e Cabo de Santo Agostinho, beneficiando diretamente o cotidiano de moradores, trabalhadores e empresas que atuam na região.
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Um marco viário no estado
A autorização do Arco Metropolitano é vista como um divisor de águas para o desenvolvimento da infraestrutura rodoviária em Pernambuco, equiparando-se em impacto a grandes projetos concluídos nas últimas décadas.
A obra representa não apenas uma melhoria logística, mas também um estímulo ao crescimento econômico sustentável, com reflexos positivos no emprego, no comércio regional e na competitividade do estado no cenário nacional.
Com a ordem de serviço assinada, Pernambuco avança na execução de um dos seus maiores desafios de infraestrutura, oferecendo à população e ao setor produtivo uma resposta concreta às demandas por mobilidade, eficiência logística e desenvolvimento territorial.


