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Governo cria iniciativa para garantir direitos dos entregadores

Se você já pediu comida, remédio ou uma compra online, sabe que quem faz a ponte entre o seu pedido e a sua casa é uma pessoa: o entregador ou entregadora por aplicativo. Esse trabalho, ...
Redação, da Agência NE9
5 de dezembro de 2025 - às 07:52
Atualizado 5 de dezembro de 2025 - às 07:52
3 min de leitura

Se você já pediu comida, remédio ou uma compra online, sabe que quem faz a ponte entre o seu pedido e a sua casa é uma pessoa: o entregador ou entregadora por aplicativo. Esse trabalho, que se tornou parte do nosso dia a dia, está no centro de uma nova ação do governo federal.

Nesta sexta-feira (5), foi publicada no Diário Oficial da União uma portaria muito importante. Três ministérios – do Trabalho, do Desenvolvimento (Indústria e Comércio) e a Secretaria-Geral da Presidência – se uniram para criar um Grupo de Trabalho Técnico (GTT) dos Entregadores por Aplicativo.

Mas o que é esse Grupo de Trabalho?

Em palavras simples, é uma mesa de diálogo oficial. Dessa forma, o governo está criando um espaço para sentar e conversar diretamente com quem vive a realidade das entregas. O objetivo principal é claro e nobre: formular propostas para garantir um “trabalho decente” para essa categoria.

A ideia não é impor regras de cima para baixo, mas ouvir as organizações que representam os entregadores, conhecer suas necessidades, dificuldades e sugestões, e, juntos, pensar em soluções.

Quem vai participar dessa conversa?

A princípio, a composição do grupo foi pensada para equilibrar a visão do governo com a voz da sociedade, especialmente dos próprios entregadores.

A tabela abaixo mostra quem vai estar nessa mesa:

Quem Participa?Quantos Representantes?Observações
Governo Federal6 representantes no totalDa Secretaria-Geral, Ministério do Trabalho e Ministério do Desenvolvimento.
Entregadores por Aplicativo10 representantesDistribuídos por todo o Brasil para garantir que todas as regiões tenham voz.
Centrais Sindicais3 representantesPara contribuir com a visão do movimento sindical.
Convidados EspeciaisÓrgãos como o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) também serão chamados para dar sua opinião.

E o que esse grupo vai fazer, na prática?

As principais tarefas estão definidas:

  1. Promover o diálogo: Ouvir de verdade as reivindicações e ideias das entidades dos entregadores.
  2. Analisar e formular propostas: Estudar e criar sugestões de normas, programas ou ações que melhorem a vida profissional desses trabalhadores.
  3. Criar canais de comunicação: Propor formas de manter esse diálogo entre governo e categoria funcionando de forma permanente.

Próximos Passos e Prazos

O grupo já tem um cronograma de funcionamento:

  • As reuniões vão acontecer a cada quinze dias.
  • Eles têm 60 dias (a partir da primeira reunião) para concluir o trabalho, podendo este prazo ter prorrogação.
  • Nesse período, devem apresentar um plano de trabalho em 15 dias e um relatório final com todas as propostas ao final.

Por que isso é importante?

Ao mesmo tempo, milhares de pessoas no Brasil dependem das entregas por aplicativo para sustentar suas famílias. Desse modo, discutir formas de tornar esse trabalho mais seguro, justo e com direitos mais claros beneficia a todos: os trabalhadores, que ganham mais dignidade; as plataformas, que têm um ambiente mais regulado; e nós, consumidores, que recebemos um serviço de melhor qualidade.

É um primeiro passo concreto do governo federal para incluir a voz dos entregadores na construção de políticas públicas que afetam diretamente o seu cotidiano. A esperança é que desse diálogo saiam propostas práticas que transformem para melhor a realidade de quem está nas ruas, conectando estabelecimentos e lares por toda a cidade.

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