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Fundação Nacional das Artes ganha primeira presidente nordestina

A vereadora de Salvador, Maria Marighella, será a primeira presidente nordestina da Fundação Nacional das Artes (Funarte). Ela foi escolhida pela ministra da Cultura Margareth Menezes para presidir a instituição.

Assim, Marighella se torna a primeira mulher nordestina da história a comandar a fundação. Ela é apenas a segunda mulher a chegar ao cargo, depois da empresária Edméa Falcão, que aturou à frente do órgão entre 1983 e 1984.

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De acordo com uma postagem no Twitter nesta terça-feira (3), ela afirma que aceitou o cargo “com a tarefa irrefutável de retomarmos a construção da Política Nacional das Artes, interrompida pelo golpe de 2016, e conectarmos essas políticas ao Brasil do futuro”.

Contudo, ela destaca que assume “com muita honra a missão que me foi confiada pela Ministra Margareth Menezes – a quem celebro e agradeço. É uma grande responsabilidade ser a primeira mulher nordestina a ocupar esta Presidência”.

Política desde o berço

A veia política de Maria Marighella vem de berço. Ela é neta do guerrilheiro Carlos Marighella, morto por militares em novembro de 1969. Figura revolucionária, foi um dos principais opositores da ditadura durante sua vigência. Ele enfrentou o regime junto da organização de luta armada que fundou em 1968, a Ação Libertadora Nacional (ALN).

Ao mesmo tempo, Maria também é atriz e ativista da cultura. Ao longo de sua trajetória, foi gestora do Ministério da Cultura durante a gestão do ex-ministro Juca Ferreira, durante os outros governos dos presidentes Lula e Dilma Rousseff. Também foi coordenadora de teatro da Funarte e da Fundação Cultural do Estado da Bahia, e dirigiu diversos espaços culturais da Secretaria de Cultura da Bahia.

Em 2020, foi eleita vereadora em Salvador pelo PT. Durante sua atuação, apresentou o projeto de lei 176/2021, que visava associar o dia 28 de maio ao Dia Internacional da Higiene Menstrual no calendário de eventos da capital baiana. O intuito era de realizar atividades e programações para ampliar a discussão e normalização da menstruação. Também se posicionou de maneira contundente pela justiça e preservação da memória das vítimas da ditadura militar no Brasil. Em 2022, foi candidata à deputada federal, mas não foi eleita.

Da Marie Clarie

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