Nesta segunda-feira (13), às 20h, o Cine Arte Pajuçara apresentará, em Maceió, o documentário “Zumbi dos Palmares, uma voz para o mundo”, dirigido por Carlos Pronzato. Este documentário, lançado em várias cidades do país durante o mês de novembro, teve sua estreia antecipada na Bahia, seguida por quatro exibições em Sergipe. Maceió terá o privilégio de uma única exibição.
Ao dar voz a intelectuais, pesquisadores e ativistas da causa negra em Alagoas, o documentário busca resgatar o Zumbi histórico e sua contribuição inestimável para a luta pela liberdade. O filme explora a história do tombamento da Serra da Barriga e do Memorial Zumbi, sob a perspectiva da militância negra alagoana, com destaque para a atuação da Associação Cultural Zumbi e do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
SOBRE O DIRETOR CARLOS PRONZATO
Carlos Pronzato, renomado cineasta documentarista, diretor teatral, poeta e escritor, é reconhecido por suas obras audiovisuais e literárias que refletem seu compromisso com a cultura, a memória e as lutas populares. Com mais de 90 documentários dirigidos no Brasil e em diversos países da América Latina, Pronzato possui obras recentes como “Renato, um de nós”, “NEM – Novo Ensino Médio – Um Fracasso Anunciado” (Premiado no 6º Festival de Educação do Sinpro 2023), e “Desmascarando o Marco Temporal” (Premiado no Festival Internacional de Cinema Ambiental FICA FAECO 2023). No contexto da causa negra, dirigiu também “Até Oxalá vai à guerra” (Premiado no Bahia Afro Film Festival 2008), “Comédia Negra de Buenos Aires, teatro afro-argentino” e “Mestre Moa de Katendê, a primeira vítima”.
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QUEM FOI ZUMBI DOS PALMARES?
Zumbi dos Palmares foi uma importante figura histórica do Brasil, reconhecido por seu papel na resistência contra a escravidão durante o período colonial. Ele nasceu no Quilombo dos Palmares, uma comunidade formada por escravizados fugitivos que buscavam liberdade. Embora a data exata de seu nascimento não seja conhecida, estima-se que tenha ocorrido por volta de 1655.
Zumbi foi capturado ainda criança e entregue a um padre português, mas conseguiu escapar e retornar ao Quilombo dos Palmares, onde se tornou líder. Palmares era uma comunidade livre formada por quilombolas, que eram africanos escravizados que haviam escapado das plantações e se estabelecido em regiões isoladas. Zumbi se destacou como um líder militar e estrategista, resistindo aos ataques das forças coloniais por muitos anos.
O Quilombo dos Palmares representou um símbolo de resistência contra a opressão e a escravidão no Brasil colonial. No entanto, em 1694, após intensos conflitos, o quilombo foi invadido e destruído pelas forças coloniais portuguesas. Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1695, após ser traído e capturado. Sua morte simboliza o fim do Quilombo dos Palmares, mas sua luta e resistência tornaram-se um símbolo duradouro na luta pela liberdade e contra a escravidão no Brasil.
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O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro no Brasil, foi escolhido em homenagem a Zumbi dos Palmares, como um dia para reflexão sobre a importância da cultura afro-brasileira e a luta contra a discriminação e a desigualdade racial.