Em um estudo recente divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi constatado que o Brasil lidera globalmente em casos de dengue. Para investigar essa preocupante situação, estudantes da rede pública de ensino em Candiba, um município no Centro Sul baiano, conduziram uma análise sobre a eficácia de extratos de plantas nativas da Caatinga como larvicida natural no combate ao Aedes Aegypti, o vetor responsável por doenças como dengue, chikungunya e zika.
Plantas abundantes na Caatinga ajudam no combate ao Aedes Aegypti
O professor de biologia William Oliveira, orientador do projeto, descreveu o trabalho como uma alternativa sustentável para combater o mosquito. Ele ressaltou que essa abordagem visa solucionar questões de saúde, especialmente o aumento expressivo nos casos de arboviroses, ao mesmo tempo em que considera o impacto ambiental.
Os pesquisadores destacam que o uso de produtos naturais é menos tóxico em comparação com os fabricados artificialmente. Além disso, a substituição de produtos sintéticos contribui para a preservação do ecossistema, aproveitando as plantas abundantes na Caatinga. Esses extratos naturais têm uma ação rápida, impedindo o desenvolvimento das larvas do mosquito.
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O larvicida, formulado com extratos da Aroeira, Pau-Ferro e Umburana, é capaz de eliminar as larvas em menos de 24 horas. Entre os extratos estudados, o da Aroeira se destacou por sua eficácia contra as larvas. A equipe de pesquisa está buscando parcerias para realizar análises fitoquímicas das plantas e, futuramente, produzir o larvicida em grande escala.
Esse projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Antônio Batista, como parte do Programa Ciência na Escola, com o apoio do professor Daniel dos Santos e dos estudantes Ruan Donato, Maria Júlia de Oliveira e Isadora Fernandes.