Nos últimos dias por uma série de tremores de terra tem assolado o estado de Pernambuco. Somente. De acordo com dados do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), ocorreram quatro abalos sísmicos somente no mês de janeiro. As ocorrências foram no Agreste e no Sertão do estado. Apesar de serem eventos de baixa magnitude, os tremores têm levantado questionamentos sobre a atividade sísmica na região. Vamos entender o que está acontecendo.
Os tremores registrados em janeiro
O último tremor foi detectado na última terça-feira (28), em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O evento ocorreu às 15h44, horário de Brasília, e teve magnitude de 2.1 na Escala Richter (mR). Até o momento, não há relatos de moradores que tenham sentido o abalo, o que é comum em tremores de magnitude tão baixa.
Este foi o terceiro tremor registrado no Agreste pernambucano em janeiro. Anteriormente, Caruaru já havia sido palco de um sismo no dia 16 de janeiro, com magnitude de 1.5 mR. Outro tremor foi registrado em Belo Jardim, também no Agreste, no dia 12 de janeiro, com magnitude de 1.8 mR.
Além disso, o município de Ouricuri, no Sertão do estado, registrou um tremor no dia 18 de janeiro, com magnitude de 2.2 mR. Esse evento, no entanto, ocorreu por uma detonação na região e não teve grandes impactos.
Por que tremores ocorrem em Pernambuco?
A região de Caruaru, em particular, registra pequenos tremores devido à zona de cisalhamento Pernambuco-Leste, uma falha geológica que atravessa o estado e provoca movimentações sísmicas. Essa falha é responsável por boa parte da atividade sísmica no Nordeste brasileiro, especialmente em Pernambuco.
Apesar disso, é importante destacar que o Brasil está localizado em uma zona geográfica intraplaca, ou seja, no meio de uma placa tectônica. Isso significa que o país raramente é afetado por terremotos de grande magnitude, ao contrário de regiões localizadas nos limites das placas tectônicas, como o Japão e o Chile.
Tabela com os tremores registrados em janeiro
Data | Local | Magnitude (mR) | Causa/Observações |
---|---|---|---|
12/01/2024 | Belo Jardim | 1.8 | Tremor natural na zona de cisalhamento. |
16/01/2024 | Caruaru | 1.5 | Tremor natural na zona de cisalhamento. |
18/01/2024 | Ouricuri | 2.2 | Causado por detonação na região. |
28/01/2024 | Caruaru | 2.1 | Tremor natural na zona de cisalhamento. |
Tremores no Nordeste: É algo comum?
Sim, tremores de terra são relativamente comuns no Nordeste brasileiro, especialmente em Pernambuco. A maioria dos eventos sísmicos na região possui baixa magnitude, geralmente abaixo de 3.0 mR, e não causa danos significativos. No entanto, a população local deve estar atenta às orientações de órgãos especializados, como o LabSis/UFRN, que monitora a atividade sísmica na região.
O que fazer em caso de tremor?
Embora os tremores em Pernambuco sejam de baixa intensidade, é sempre bom se preparar. Confira algumas dicas:
- Mantenha a calma: A maioria dos tremores no Brasil é de baixa magnitude e dura poucos segundos.
- Proteja-se: Se estiver em um local fechado, procure abrigo sob móveis resistentes, como mesas, e afaste-se de janelas e objetos que possam cair.
- Evite elevadores: Em prédios, prefira usar as escadas em caso de evacuação.
- Fique informado: Acompanhe as atualizações de órgãos oficiais, como o LabSis/UFRN.
Os tremores que ocorreram em Pernambuco em janeiro são parte da atividade sísmica natural da região, influenciada pela zona de cisalhamento Pernambuco-Leste. Embora possam causar preocupação, esses eventos são de baixa magnitude e raramente causam danos. Contudo, a população deve manter a calma e seguir as orientações dos órgãos responsáveis.