Em 2024, os reservatórios do Ceará estão experimentando uma melhoria notável em seus níveis de água. No mês de março, o volume médio dos açudes cearenses estava em 34% e o Estado tinha 30 açudes sagrando no momento.
Com mais 30 dias de chuvas, e um total de 7,23 bilhões de metros cúbicos, as chuvas deste ano já superaram os de 2023, e o resultado é o sangramento de 72 açudes, o que representa o melhor desempenho desde 2009.
Na terça-feira (23), dois açudes, São Domingos II em Caririaçu, e Martinópole, alcançaram sua capacidade máxima, sendo que este último não registrava sangria há 15 anos.
Atualmente, o volume total de água acumulado no estado representa 54,8% da capacidade total, com 12 açudes com mais de 90% de sua capacidade. No entanto, 22 reservatórios ainda estão com menos de 30% de sua capacidade total.
Esse aumento no volume total é resultado dos bons aportes nas bacias hidrográficas do estado. As regiões do Acaraú, Coreaú, Litoral, Metropolitana, Serra da Ibiapaba, Salgado e Baixo Jaguaribe estão em uma situação muito confortável, com volumes acima de 70%, destacando-se o Baixo Jaguaribe e o Litoral, que atingiram 100% de seu armazenamento.
A região do Curu também experimentou uma recuperação significativa. No início do ano, antes do início da estação chuvosa, a bacia estava com apenas 26% de sua capacidade total. Hoje, encontra-se com 66% de suas reservas hídricas acumuladas, em uma situação confortável.
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Em alerta
Em suma, apesar desses avanços, a realidade na bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús contrasta com menos de 25% de sua capacidade hídrica acumulada. Outros 22 reservatórios do Ceará apresentam volumes abaixo de 30% de sua capacidade, “destacando os desafios persistentes impostos pelo clima semiárido da região, com chuvas distribuídas de forma irregular no tempo e espaço”, conforme destacou Tércio Tavares, diretor de Operações da Cogerh.