Irecê, situada no centro-norte da Bahia, está prestes a receber uma nova unidade de mineração. A cerimônia de lançamento da pedra fundamental do Projeto Irecê ocorreu nesta sexta-feira (24), com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, diversas autoridades e representantes do grupo Galvani, que será responsável pela operação da planta.
Mineração avança na Bahia com acordos de cooperação firmados pelo Governo do Estado em Irecê
Durante o evento, foram firmados acordos de cooperação técnica entre o Governo do Estado e diversas entidades para a qualificação da mão de obra na atividade mínero-industrial, o desenvolvimento socioeconômico sustentável da agricultura familiar e a promoção do uso eficiente de gás natural no setor de mineração.
Projeto Irecê
O Projeto Irecê implementará práticas operacionais sustentáveis, como a não utilização de barragens de rejeito, o aproveitamento integral do minério, o baixo consumo de água (com 100% de recirculação no processo e sem lançamento de efluentes industriais) e um processo inovador de separação de cálcio e magnésio. A unidade também criará 900 empregos diretos e indiretos, sendo 600 durante a construção e 300 na fase operacional.
O governador destacou a natureza multidisciplinar da agenda, ressaltando as ações em mineração, agricultura familiar, geração de emprego e combate à pobreza. “O que estamos lançando hoje é matéria-prima, é combate à fome, é produção de alimentos. Transformar terra em vida. É para isso que estamos aqui hoje”, afirmou.
Henrique Carballal, presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), detalhou as etapas do processo de produção. “Além da mineração, vamos processar este minério em uma unidade industrial em Irecê. Depois, ele será levado para Luiz Eduardo Magalhães, onde será transformado em fertilizante. É um processo de produção verticalizado na Bahia, fruto desta mina da CBPM aqui em Irecê, em Lapão. Estamos muito felizes e satisfeitos, pois a tecnologia empregada é inovadora e fenomenal”, comentou.
Marcelo Silvestre, diretor-presidente da Galvani, destacou a sustentabilidade do empreendimento. “É um grande investimento, que contou com o apoio da CBPM, da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e emprega novas tecnologias diferenciadas na mineração. É um empreendimento que reduz o consumo de água, praticamente um processamento a seco, e que não utiliza barragens de rejeitos, sendo totalmente sustentável”, garantiu.
A Galvani, conhecida por sua expertise na produção de fertilizantes fosfatados, está retomando operações na região com um investimento de R$ 340 milhões, em parceria com o Governo do Estado, através da CBPM, e o apoio da Finep. A nova unidade de mineração da Galvani tem a previsão de produzir anualmente 350 mil toneladas de concentrado fosfático, que serão destinadas ao complexo industrial de Luís Eduardo Magalhães a partir de 2026.