Estado do Nordeste abre caminho para a primeira universidade em território indígena no Brasil

Na última quarta-feira, o governador Carlos Brandão e a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, estiveram presentes na cerimônia de lançamento da pedra fundamental para a expansão do Centro de Saberes Tenetehar Tukàn, localizado em Amarante do Maranhão. Este marco representa o primeiro passo para transformar a instituição em uma universidade dentro de um território indígena no Brasil.

O Centro de Saberes Tenetehar tem como objetivo promover iniciativas relacionadas à educação, saúde, cultura, agricultura e preservação ambiental, visando à integração e autonomia dos povos indígenas da Terra Indígena (TI) Araribóia. Além disso, oferece educação bilíngue em Tupi e português para crianças, jovens e adultos de todas as idades.

 

O governador Carlos Brandão descreveu o momento como histórico, destacando a união em prol dos povos originários e o potencial inspirador para o mundo. Ele destacou:

“Plantamos uma semente para criar a universidade indígena, e será a primeira do Brasil em território originário. Será uma referência não só para o Maranhão, mas para o Brasil e para o mundo. É uma oportunidade ímpar, e nós temos que lutar pelos direitos dos povos indígenas. O que estamos fazendo aqui é dando cidadania, e eu não tenho dúvida que esta obra será um grande legado. Estamos muito felizes por realizar esse sonho”

A ministra Sônia Guajajara ressaltou a importância do momento para os povos originários, enfatizando que o lançamento da pedra fundamental marca a inauguração de uma universidade indígena dentro de um território indígena no Araribóia. Isso abrirá portas para que a juventude tenha acesso e conclua o Ensino Superior, essencial nos dias de hoje.

Durante a cerimônia, também foram firmados protocolos de intenções entre o Instituto Tukán, responsável pelo Centro de Saberes, a Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UemaSul) e o Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema), permitindo a oferta de diversos cursos na unidade.

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Esta iniciativa representa um marco na história do Maranhão e da educação, respeitando os direitos humanos, a origem e a história dos povos originários, conforme ressaltou a diretora-geral do Iema, Cricielle Muniz.

O presidente do Instituto Tukán, Sílvio Guajajara, enfatizou a importância da expansão do Centro de Saberes para a transformação em uma universidade, fortalecendo a educação indígena, a cultura, a língua e a identidade.

A diretora executiva do Instituto Tukán, Fabiana Guajajara, descreveu o momento como um divisor de águas, destacando o protagonismo indígena e antecipando novos desafios.

O projeto inicial, que envolvia o registro fotográfico dos povos originários, cresceu com outras propostas, unindo as empresas Equatorial e Fribal, a gestão estadual e o apoio da gestão federal, culminando na proposta da universidade. A Equatorial e a Fribal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Maranhão, patrocinaram a etapa inicial da obra.

O diretor-geral da Fribal, Carlos Schmidt, observou que a união de setores do governo e de todos os entes, como a iniciativa privada, viabiliza esse tipo de iniciativa, prevendo resultados positivos no futuro. O diretor presidente da Equatorial Maranhão, Sérvio Túlio, expressou orgulho por participar do projeto, destacando a importância da Universidade do Saber na promoção da cultura indígena.

Além da pedra fundamental para a expansão do Centro de Saberes Tenetehar Tukàn, também foi inaugurada a exposição Ritos Tenetehar, dos fotógrafos Taciano Brito e Meireles Jr., que revela a beleza e a profundidade dos rituais Tentehar.

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