O Rio São Francisco, conhecido como Velho Chico, está prestes a ganhar uma nova função estratégica para o desenvolvimento econômico do Nordeste. O governo federal anunciou um ambicioso projeto para transformar o rio em uma hidrovia de transporte de cargas. Dessa forma, liga o Sudeste ao Nordeste e impulsionando o escoamento de produtos essenciais para a região.
Com 1.371 km de extensão navegável, a nova hidrovia promete movimentar cerca de cinco milhões de toneladas de carga por ano, incluindo insumos agrícolas, gesso, gipsita, calcário, grãos, bebidas, minério e sal. A iniciativa deve reduzir custos logísticos e aumentar a eficiência no transporte de mercadorias, beneficiando milhões de pessoas que dependem direta ou indiretamente do rio.
Conheça as três etapas do projeto
A princípio, o projeto foi dividido em três etapas, cada uma com trechos específicos e conexões multimodais (rodoviárias e ferroviárias) para garantir o escoamento eficiente das cargas.
Etapa | Trecho | Extensão Navegável | Conexões Principais |
---|---|---|---|
1ª Etapa | Juazeiro (BA) → Petrolina (PE) → Sobradinho (BA) → Ibotirama (BA) | 604 km | Porto de Aratu-Candeias (via rodovias) |
2ª Etapa | Ibotirama (BA) → Bom Jesus da Lapa (BA) → Cariacá (BA) | 172 km | Portos de Ilhéus e Aratu-Candeias (via malha ferroviária) |
3ª Etapa | Bom Jesus da Lapa (BA) → Cariacá (BA) → Pirapora (MG) | 670 km | Integração com o Sudeste |
Impactos e Benefícios
- Redução de custos logísticos: Ao mesmo tempo, o transporte hidroviário é mais barato que o rodoviário, o que pode diminuir os preços finais dos produtos.
- Desenvolvimento regional: A hidrovia deve impulsionar a economia de cidades ribeirinhas, gerando empregos e novas oportunidades de negócios.
- Sustentabilidade: O modal hidroviário emite menos poluentes em comparação ao transporte rodoviário, contribuindo para uma logística mais verde.
O Rio São Francisco vai de Minas até Alagoas. Foto: Eliseu Lins
Próximos Passos
O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, afirmou que a Companhia das Docas do Estado da Bahia será responsável pelas obras. Os estudos técnicos devem começar em breve, e a expectativa é que o projeto avance rapidamente, integrando-se a outras iniciativas de expansão hidroviária no país.
Além do São Francisco, o governo também planeja melhorias em outras hidrovias, como Tapajós, Madeira, Parnaíba e Paraguai, reforçando a importância do transporte fluvial para a economia brasileira.
Assim, a nova hidrovia do Rio São Francisco representa um marco para a logística nacional, especialmente para o Nordeste. Com potencial para revolucionar o transporte de cargas e impulsionar o desenvolvimento regional, o projeto promete ser um divisor de águas — literalmente!
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