Feriado de 20 de novembro é convite para vivenciar roteiros culturais e experiências únicas
O feriado da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é uma oportunidade para unir lazer, aprendizado e valorização da herança afro-brasileira. Considerada uma das datas mais simbólicas do calendário nacional, ela homenageia Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do país, e estimula reflexões sobre igualdade racial e identidade cultural.
Neste ano, a data cai numa quinta-feira, e promete movimentar o turismo em várias regiões do Brasil. Se você procura destinos para vivenciar cultura afro-brasileira, o portal NE9 listou 3 destinos referências do Nordeste, onde a presença essa cultura se manifesta na gastronomia, na música, na fé e nas tradições populares.
1. Salvador (BA): o coração da cultura afro-brasileira
Nenhum destino traduz tão bem a alma da cultura negra no Brasil quanto Salvador, a primeira capital do país. Caminhar pelo Pelourinho é mergulhar em séculos de história, onde igrejas barrocas, casarões coloridos e ateliês de arte contam a trajetória da população afrodescendente.
Entre os pontos imperdíveis estão o Museu Afro-Brasileiro (MAFRO), o Ilê Aiyê, o Bloco Olodum e o Mercado Modelo, onde a gastronomia de origem africana é celebrada em pratos como acarajé, vatapá e caruru. Outra experiência marcante é participar de uma roda de capoeira ou assistir a uma cerimônia do candomblé, símbolos de resistência e identidade cultural.
👉 Dica: visite também o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), inaugurado recentemente, e o Memorial Casa do Benin, que reforçam o elo entre Bahia e África.
2. Recife e Olinda (PE): maracatu, resistência e fé popular
Em Pernambuco, a herança africana pulsa nas ruas, nos batuques e nas manifestações populares. Recife abriga o Museu do Homem do Nordeste, espaço criado por Gilberto Freyre que apresenta um panorama da formação cultural afro-brasileira.
Outro ponto de destaque é o Bairro do Recife Antigo, onde blocos afro, grupos de maracatu e afoxés mantêm viva a tradição de matriz africana. Já Olinda, com seu Centro Histórico tombado pela UNESCO, encanta pelas ladeiras coloridas e pela arte que expressa a fusão entre fé, resistência e ancestralidade.
👉 Experiências imperdíveis: assistir a uma apresentação de maracatu rural, visitar a Igreja do Rosário dos Homens Pretos (uma das mais antigas do país) e conhecer a Casa do Carnaval, que valoriza as expressões afro-pernambucanas.
3. São Luís (MA): o ritmo do reggae e o legado afro-maranhense

Em São Luís, a influência africana é percebida na música, na religião e na arquitetura colonial. Conhecida como a “Jamaica Brasileira”, a capital maranhense é o berço do reggae nacional, símbolo de resistência e identidade negra.
No Centro Histórico, declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO, o visitante encontra casarões azulejados e espaços culturais como o Museu Afro-Digital e a Casa do Tambor de Crioula, que preservam o legado afro-maranhense. À noite, o roteiro segue para os bares da Praia Grande, onde o reggae dita o ritmo das celebrações.
👉 Dica: explore o Quilombo Urbano do Diamante, exemplo de preservação comunitária e cultural no coração da cidade.
Consciência Negra: turismo, aprendizado e respeito
Viajar durante o feriado da Consciência Negra é mais do que descansar: é celebrar a resistência, o orgulho e a herança africana que moldaram a cultura brasileira.
Destinos como Salvador, Recife, Olinda e São Luís representam verdadeiros museus a céu aberto da história afro-brasileira — experiências que unem fé, música, arte e ancestralidade em cada esquina.
LEIA MAIS


