Que o Nordeste é um caldeirão de cultura, resiliência e potencial, todo mundo sabe. Mas um estudo recente vem destacar outra faceta poderosa da região: a competitividade. O Centro de Liderança Pública (CLP) acaba de divulgar o Ranking de Competitividade dos Municípios 2025, e três joias nordestinas brilharam no cenário nacional. Dessa forma, comprovam que desenvolvimento e qualidade de vida andam de mãos dadas por aqui.
Ao mesmo tempo, o ranking, que analisou 418 municípios com mais de 80 mil habitantes (representando 60% da população brasileira), é uma ferramenta crucial. Ele vai além do PIB e fotografia o ambiente de negócios, a eficiência da máquina pública e a qualidade de vida oferecida aos cidadãos, através de 65 indicadores distribuídos em 13 pilares – de Inovação e Saneamento até Segurança e Sustentabilidade Fiscal.
Desse universo, três cidades se destacaram e conquistaram posições entre as 100 mais competitivas do país. Vamos conhecê-las?
1. Recife (PE) – Posição #61: A Fênix da Inovação
A princípio, a capital pernambucana se consolida como um dos polos de tecnologia e inovação mais vibrantes do país. A 61ª posição nacional não é à toa.
Assim, Recife se destaca fortemente em pilares como Inovação e Dinamismo Econômico (16,1% do índice) e Capital Humano (7,6%). O ecossistema do Porto Digital, somado a universidades de excelência, cria um ambiente fértil para negócios de alto impacto e atrai talentos de todo o país. Desse modo, a cidade prova que investir em conhecimento e tecnologia é o caminho mais rápido para subir no ranking de competitividade.
2. Sobral (CE) – Posição #76: O Poder da Educação de Qualidade
Sobral é a prova viva de como uma aposta certeira pode transformar o destino de uma cidade. Mundialmente conhecida por sua revolucionária gestão na Educação, que lhe rendeu índices de nação desenvolvida, a cidade cearense agora colhe os frutos em outros setores.
Em suma, excelente colocação (76ª) reflete uma base sólida. O investimento de anos em Qualidade da Educação (5,1%) e Acesso à Educação (6,4%) criou um círculo virtuoso, impactando positivamente o capital humano e, consequentemente, o ambiente econômico. Sobral ensina que competitividade começa na sala de aula.
3. Fortaleza (CE) – Posição #97: A Força da Metrópole Multicêntrica
Fechando o pódio nordestino, a capital cearense mostra a força de uma grande metrópole. Em 97º no ranking nacional, Fortaleza se equilibra na complexidade de uma grande cidade, se destacando em pilares essenciais para o desenvolvimento.
A cidade tem evoluído em Telecomunicações (8,5%) e em Inserção Econômica (5,9%), sendo um hub de conectividade e negócios para todo o estado. Seu desafio, comum a grandes centros, é melhorar indicadores de Segurança (5,9%) e Saneamento (7,6%) para subir ainda mais nas próximas edições.

O que significa o Ranking de Competitividade ?
A presença dessas três cidades no top 100 nacional não é um dado isolado. É um sinal claro de que o Nordeste está no radar do desenvolvimento. Cada uma à sua maneira – Recife com a tech, Sobral com a educação e Fortaleza com a força metropolitana – demonstra que existem múltiplos caminhos para se construir uma cidade competitiva e atraente para investimentos.
O ranking serve como um termômetro e um guia. É uma ferramenta para gestores públicos identificarem pontos fortes a serem comemorados e fraquezas a serem corrigidas. Para nós, cidadãos, é uma oportunidade de cobrar políticas públicas eficientes que melhorem nossa vida em todos os aspectos, da saúde ao ambiente de negócios.
Uma coisa é certa: o Nordeste não está apenas no mapa da cultura e do turismo. Está, cada vez mais, se tornando um player fundamental no mapa da competitividade brasileira.
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