Após sucessivos ajustes, com idas e vindas entre as duas casas do Congresso e nove meses de tramitação, a reforma do novo ensino médio segue agora para a sanção presidencial, após ter sua última versão aprovada na terça-feira (9) na Câmara.
Entenda as mudanças
Implementação das Mudanças:
- Mudanças aplicadas a partir de 2025 para novos alunos do ensino médio.
- Alunos já cursando terão um período de transição.
Formação Básica Curricular:
- Aumenta a parcela de conteúdos tradicionais (português, matemática, física, química, inglês, história e geografia) conforme a Base Nacional Comum Curricular.
- Carga horária da formação geral básica será de 2,4 mil horas.
- 600 horas obrigatórias para disciplinas opcionais dos itinerários formativos.
- Total de 3 mil horas distribuídas em 200 dias letivos de cinco horas cada.
Atendimento às Demandas da Comunidade Escolar:
- Proposta atende reivindicações de entidades educacionais insatisfeitas com o modelo de 2022 que reduziu a formação geral para 1,8 mil horas.
Ensino Técnico:
- Formação geral básica no ensino técnico aumentada para 2,1 mil horas.
- 900 horas dedicadas ao ensino profissionalizante.
- Total de 3 mil horas, rejeitando a proposta de 3,6 mil horas.
- Exceção para profissões que exigem mais tempo de estudo, com 300 horas adicionais para disciplinas técnicas específicas.
Itinerários Formativos:
- Menos liberdade nos itinerários formativos, seguindo diretrizes nacionais do CNE.
- Disciplinas optativas relacionadas aos itinerários: linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ou ciências humanas e sociais aplicadas.
- Consideração das especificidades da educação indígena e quilombola.
- Restrição das opções para evitar desigualdades entre estados.
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem):
- A partir de 2027, Enem cobrará conteúdos dos itinerários formativos além da formação geral básica.
- Proposta reinserida pelo deputado Mendonça Filho (União-PE) após ter sido retirada no Senado.
- Críticas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Língua Estrangeira:
- Senado propôs obrigatoriedade do espanhol, rejeitada pela Câmara.
- Texto final prevê apenas o inglês como língua estrangeira obrigatória.
- Espanhol pode ser ofertado conforme disponibilidade dos sistemas de ensino.
- Ensino médio em línguas maternas permitido em comunidades indígenas.
Ensino Noturno:
- Exigência de pelo menos uma escola com ensino médio regular noturno na sede de cada município, mantida pelo Senado e Câmara.
- Condição de demanda comprovada por esse turno nas matrículas.
REDAÇÃO com Agência Brasil