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Descubra 5 nordestinos que fizeram história e inspiram até hoje

Neste Dia do Nordestino, 8 de outubro, vamos relembrar que o Nordeste é uma região rica em cultura, diversidade e talento. Ao mesmo tempo, quem nasce aqui na região já vem no seu DNA com muita garra e criatividade. E dessa forma, muitos nordestinos se destacaram em diversas áreas, superando desafios e contribuindo para o desenvolvimento do Brasil. Assim, vamos conhecer cinco histórias inspiradoras de nordestinos que fizeram a diferença em suas áreas de atuação.

1. Maria da Penha Maia Fernandes

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Maria da Penha Maia Fernandes é uma farmacêutica e ativista dos direitos das mulheres. Ela nasceu em Fortaleza, no Ceará, em 1945. Em 1983, ela sofreu duas tentativas de homicídio por parte de seu marido, que a deixaram paraplégica. Ela denunciou o agressor e iniciou uma longa batalha judicial para que ele fosse punido. Em 2006, após 19 anos de impunidade, seu caso foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que condenou o Brasil por negligência e omissão em relação à violência doméstica.

No mesmo ano, foi sancionada a Lei nº 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para prevenir e coibir a violência contra a mulher. A princípio, a lei é considerada uma das mais avançadas do mundo no combate à violência de gênero e é um marco na luta pelos direitos humanos das mulheres no Brasil.

Maria da Penha se tornou um símbolo da resistência feminina e da defesa dos direitos das mulheres. Ela fundou o Instituto Maria da Penha, que atua na prevenção e no enfrentamento à violência contra a mulher, e recebeu diversos prêmios e homenagens nacionais e internacionais pelo seu trabalho.

2. Rachel de Queiroz

A primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, nascida em Fortaleza, Ceará. Escritora, jornalista e tradutora. Autora de obras como O Quinze, Memorial de Maria Moura e As Três Marias.

3. Milton Santos

Milton Santos nasceu em Brotas de Macaúbas, na Bahia, em 1926. Formou-se em direito pela Universidade Federal da Bahia e iniciou sua carreira como jornalista. Contudo, foi na geografia que ele se consagrou como um dos maiores intelectuais brasileiros e um dos mais renomados geógrafos do mundo. Ele foi professor em diversas universidades no Brasil e no exterior, como a Universidade de São Paulo, a Universidade de Paris-Sorbonne, a Universidade de Columbia e a Universidade de Toronto.

Sua obra aborda temas como o espaço urbano, o desenvolvimento regional, a globalização, a desigualdade social e a cidadania. Ele defendia uma geografia crítica, que analisasse as relações entre o espaço e a sociedade sob uma perspectiva histórica e política. Da mesma forma, ele também criticava o modelo neoliberal e propunha uma nova ordem mundial mais justa e solidária.

Ao mesmo tempo, Milton Santos recebeu diversos prêmios e honrarias pelo seu trabalho acadêmico e social, como o Prêmio Internacional de Geografia Vautrin Lud, em 1994, considerado o Nobel da Geografia; o Prêmio Jabuti na categoria Ciências Humanas, em 1995; a Ordem Nacional do Mérito Científico na classe Grã-Cruz; e o título de Doutor Honoris Causa por mais de 20 universidades. Desse modo, ele também foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 1999.

Milton Santos faleceu em 2001, aos 75 anos, deixando um legado de mais de 40 livros publicados e uma vasta contribuição para o pensamento geográfico e social brasileiro e mundial.

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4. Maria Firmina dos Reis

Maria Firmina dos Reis foi uma escritora, educadora e abolicionista. Ela nasceu em São Luís, no Maranhão, em 1822. Filha de uma negra livre e um português, ela estudou em uma escola pública e se tornou professora. Em 1847, ela publicou seu primeiro livro, o romance Úrsula, considerado o primeiro romance abolicionista da literatura brasileira.

Maria Firmina dos Reis foi uma escritora que denunciou a escravidão e o racismo em suas obras. Além disso,, ela também escreveu contos, poesias, hinos e ensaios. Em 1859, ela fundou a primeira escola mista e gratuita do Maranhão, onde lecionou por mais de 20 anos. Ela também participou de movimentos abolicionistas e feministas, defendendo os direitos das mulheres e dos negros.

Em suma, Maria Firmina dos Reis foi uma escritora pioneira e uma educadora engajada. Por fim, ela recebeu diversos reconhecimentos póstumos, como o título de Patrona da Cadeira nº 14 da Academia Maranhense de Letras, a Medalha do Mérito Cultural da Presidência da República e o Prêmio Maria Firmina dos Reis de Literatura Afro-brasileira.

5. Joaquim Nabuco de Araújo

Joaquim Nabuco de Araújo foi um diplomata, historiador, jornalista e político. Ele nasceu em Recife, no Pernambuco, em 1849. Filho de um senador do Império e de uma filha de fazendeiros, ele estudou direito na Faculdade de Direito do Recife e na Faculdade de Direito de São Paulo. Contudo, em 1873, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde iniciou sua carreira diplomática.

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Joaquim Nabuco foi um dos principais líderes do movimento abolicionista no Brasil. Ele fundou a Sociedade Brasileira contra a Escravidão e a Confederação Abolicionista. Ele também foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e escreveu obras importantes sobre a história e a política brasileiras, como O Abolicionismo, Minha Formação e Um Estadista do Império.

Joaquim Nabuco foi um intelectual brilhante e um político atuante. Ele foi deputado geral, ministro plenipotenciário na Inglaterra e nos Estados Unidos e embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, recebeu diversos prêmios e condecorações, como a Grã-Cruz da Ordem Nacional da Legião de Honra da França, a Grã-Cruz da Ordem de São Tiago da Espada de Portugal e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul do Brasil. Ele morreu em 1910, aos 60 anos, em Washington.

ASSISTA O DOCUMENTÁRIO NABUCO

 

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