Em abril de 2025, o custo da cesta básica aumentou em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Apesar disso, o Nordeste se destacou com os menores valores médios do país — e até mesmo com reduções de preços em algumas capitais da região. Aracaju, com um valor de R$ 579,93, liderou como a capital com a cesta mais barata do Brasil, seguida por Salvador (R$ 632,12), João Pessoa (R$ 641,57) e Recife (R$ 652,71).
Ao mesmo tempo, mesmo com o cenário de altas generalizadas, Salvador e Aracaju registraram reduções em relação a abril de 2024, de -1,25% e -0,37%, respectivamente. A princípio, a menor alta anual foi registrada em Natal, com apenas 3,92%. Na outra ponta, São Paulo teve a cesta mais cara do país em abril, custando R$ 909,25, seguida de Florianópolis (R$ 858,20), Rio de Janeiro (R$ 849,70) e Porto Alegre (R$ 834,22).
📉 Capitais com as Cestas Básicas Mais Caras e Mais Baratas – Abril de 2025
Cestas Mais Caras | Valor (R$) | Cestas Mais Baratas | Valor (R$) | |
---|---|---|---|---|
São Paulo | 909,25 | Aracaju | 579,93 | |
Florianópolis | 858,20 | Salvador | 632,12 | |
Rio de Janeiro | 849,70 | João Pessoa | 641,57 | |
Porto Alegre | 834,22 | Recife | 652,71 |
Fonte: DIEESE – Pesquisa Nacional da Cesta Básica (abril de 2025)
No acumulado de janeiro a abril, todas as capitais apresentaram aumento no custo da cesta básica. O maior reajuste ocorreu no Recife, com alta de 10,94%. Assim, o Dieese também estimou que, para garantir o sustento adequado de uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação e demais necessidades, o salário mínimo ideal em abril de 2025 deveria ser de R$ 7.638,62 — o equivalente a 5,03 vezes o valor atual de R$ 1.518.

Variação de preços de produtos em abril de 2025:
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Café em pó: alta em todas as capitais, com destaque para Vitória (+15,5%).
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Batata (região Centro-Sul): aumento em todas as cidades pesquisadas, de 11% a 35%.
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Tomate: elevação em 15 capitais, com +51,9% em Porto Alegre e +34,2% em Vitória.
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Carne bovina de primeira: aumentou em 11 capitais e caiu em seis — Salvador teve a maior queda (-2,81%). Em 12 meses, subiu em todas as cidades, com destaque para Fortaleza (29,2%), Brasília (29%) e São Paulo (28,6%).
Portanto, apesar das pressões inflacionárias sobre produtos específicos, como tomate, batata e carne, a região Nordeste oferece atualmente o menor custo alimentar básico do país. Assim, as capitais da região seguem sendo referência em custo de vida mais acessível em comparação aos grandes centros do Sul e Sudeste.
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