CDR debaterá economia solidária em capitais do Nordeste

comissão discute turismo

A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) realiza em Salvador, na segunda-feira (9), a primeira reunião de um ciclo de debates sobre economia solidária. O evento terá início às 9h na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (1ª Avenida, Centro Administrativo da Bahia, 130).

A audiência pública, em que serão discutidas estratégias para desenvolver a economia solidária em estados do Nordeste, terá a participação do economista e professor titular de Pós-Graduação da PUC, Ladislau Dowbor; da professora aposentada da Universidade Federal de Pernambuco, Tania Bacelar; e de representantes do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, da Cáritas do Brasil, da União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias (Unicopas) e da sociedade civil.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o modelo da economia solidária emergiu no fim do século XX como uma proposta de organização autogestionária do trabalho e da produção, a qual envolve um amplo conjunto de práticas coletivas em busca de novas estratégias de inclusão social e desenvolvimento territorial.

Posteriormente, a CDR também fará reuniões sobre o tema em Natal (RN), Recife (PE), São Luiz (MA), Teresina (PI), João Pessoa (PB) e Aracaju (SE).

Desemprego
O ciclo de debates foi proposto pelo senador Jacques Wagner (PT-BA). Em seu requerimento, subscrito pelo senador Flávio Arns (Rede-PR), o ex-governador da Bahia ressalta que o Brasil vive um período em que o desemprego é uma das faces mais duras da atual política econômica liberalizante, na qual o Estado deixa de fazer investimentos em políticas sociais.

“As consequências estão aos olhos vistos. Segundo o IBGE, 4,8 milhões de trabalhadores estão desalentados. Entre 18 e 24 anos, a taxa de desemprego é mais do que o dobro da população em geral, saltando 26,6%. As mulheres também são mais afetadas, ficando em 14,2%, mais que o dobro dos homens, de 11%”, destaca o senador pela Bahia.

Transformação social
Jacques Wagner observa que as formas de organização da economia solidária têm demonstrado viabilidade para a inclusão social pela via do trabalho, em maior escala do que outras modalidades econômicas. Estima-se que projetos ligados ao setor movimentem 3% do Produto Interno Bruto (PIB), por meio de 30 mil empreendimentos em diversos setores, gerando renda para mais de dois milhões de pessoas em três mil municípios.

“Contudo, ainda que o Nordeste tem demonstrado um desenvolvimento em maior escala do que outras regiões do país, é preciso aprofundar esse debate com gestores públicos, legisladores e, sobretudo, com as organizações que estão à frente dos empreendimentos solidários”, ressalta Jacques Wagner.

Em junho de 2003, o Congresso Nacional aprovou a criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A iniciativa, de acordo com o Ipea, traduziu o reconhecimento, pelo Estado brasileiro, de um processo de transformação social em curso, provocado pela ampla crise do trabalho que atinge o país desde os anos 1980.

foto – Edilson Rodrigues Agencia Senado
TEXTO – AGENCIA SENADO

Últimas

Ceará lidera alfabetização infantil no Brasil

cafe

Rota dos Cafés Especiais do Planalto da Conquista é destaque no turismo rural da Bahia

postes de energia

Governo publica medida provisória para conter alta na conta de luz

industria_cearense

Estado do Nordeste é o 2º do Brasil em crescimento da indústria

cantor roberto carlos

João Pessoa celebra 440 anos com show gratuito de Roberto Carlos

Relacionadas

Ceará lidera alfabetização infantil no Brasil

cafe

Rota dos Cafés Especiais do Planalto da Conquista é destaque no turismo rural da Bahia

postes de energia

Governo publica medida provisória para conter alta na conta de luz

industria_cearense

Estado do Nordeste é o 2º do Brasil em crescimento da indústria