O Brasil está colhendo uma safra histórica de grãos em 2023, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar 313,3 milhões de toneladas, um aumento de 19,0% ou 50,1 milhões de toneladas em relação à safra de 2022, que foi de 263,2 milhões de toneladas. Em comparação com a estimativa de julho, houve um acréscimo de 1,4%, ou 4,4 milhões de toneladas.
A área a ser colhida este ano também deve ser maior do que a do ano passado: 77,5 milhões de hectares, um crescimento de 5,8% ou 4,3 milhões de hectares. Em relação ao mês anterior, a área aumentou 0,6%.
Os principais responsáveis pelo bom desempenho da safra são a soja, o milho, o algodão herbáceo, o sorgo e o trigo, que apresentaram altas expressivas na produção e na produtividade. Por outro lado, o arroz em casca teve uma queda na produção.
A tabela abaixo mostra a participação das regiões na safra de grãos.
Região | Variação anual (%) | Variação mensal (%) | Participação (%) |
---|---|---|---|
Norte | 21,2 | 4,1 | 5,2 |
Nordeste | 7,7 | 0,3 | 8,7 |
Sudeste | 8,9 | 3,9 | 9,7 |
Sul | 26,6 | 0,0 | 26,6 |
Centro-Oeste | 19,4 | 1,6 | 49,8 |
Quais os principais grãos colhidos nessa safra histórica?
- Safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar novo recorde em 2023, totalizando 313,3 milhões de toneladas
- Aumento de 19,0% ou mais 50,1 milhões de toneladas em relação a 2022 (263,2 milhões de toneladas)
- Alta de 1,4% na estimativa em relação a julho, com acréscimo de 4,4 milhões de toneladas
- Área a ser colhida este ano deve ser de 77,5 milhões de hectares, 5,8% maior do que a área colhida em 2022 (aumento de 4,3 milhões de hectares), e 0,6% maior que a estimativa de julho
- Altas de produção em relação a 2022 para a soja (25,8%), o algodão herbáceo (10,0%), o sorgo (38,8%), o milho (16,0%, sendo 10,9% na 1ª safra e 17,5% na 2ª safra) e o trigo (8,2%)
- Decréscimo de produção em relação a 2022 para o arroz em casca (5,5%)
- Estimativas de produções recordes para a soja (150,3 milhões de toneladas), o milho (127,8 milhões de toneladas), o trigo (10,9 milhões de toneladas) e o sorgo (4,0 milhões de toneladas)
- Crescimento da produção se deve ao aumento de área, aos maiores investimentos realizados pelos produtores e ao clima que beneficiou quase todas as unidades da federação.
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A contribuição do clima
O gerente do LSPA, Carlos Barradas, destaca que o crescimento da produção se deve ao aumento de área, increimento nos investimentos pelos produtores e ao clima que beneficiou quase todas as unidades da federação.
“O clima tem sido favorável e beneficiado bastante, especialmente para os produtos de segunda safra como o milho, cuja produção cresceu 17,5% em relação à 2022. No ano passado, começou a chover na época certa, o que aumentou a janela de plantio do milho; os preços estavam bons e os produtores investiram mais. Em relação à expansão de 19% na produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, isso significa 50,1 milhões de toneladas a mais, algo fantástico”, ressalta Barradas.